PRECAUÇÕES GLUCOBAY

Atualizado em 25/05/2016
Hipoglicemia1: Devido ao seu mecanismo de ação, GLUCOBAY® , quando administrado isoladamente, não deverá causar hipoglicemia1 tanto em jejum quanto pós-prandial. Já os agentes do grupo das sulfoniluréias2 e da insulsina podem provocar hipoglicemia1. Considerando que GLUCOBAY® , quando administrado em associação a uma sulfoniluréia, causará redução ainda maior da taxa de glicose3 no sangue4, o medicamento poderá aumentar o potencial hipoglicêmico da sulfoniluréia. A glicose3 oral (dextrose5), cuja absorção não se vê inibida por GLUCOBAY® , deve ser usada no lugar da sacarose (açúcar6 de cana) no tratamento de hipoglicemia1 leve ou moderada. A sacarose, cuja hidrólise em glicose3 e frutose7 é inibida por GLUCOBAY® , não é apropriada para a obtenção de uma rápida correção da hipoglicemia1. A hipoglicemia1 grave talvez exija a administração endovenosa de glicose3 ou a injeção8 de glucagon9. Níveis elevados de transaminase sérica: Nos estudos clínicos com dosagens de 50 mg e 100 mg 3 vezes ao dia, a incidência10 de aumento das transaminases séricas verificada com GLUCOBAY® foi igual àquela com o placebo11. Nos estudos a longo prazo (de até 12 meses de duração e que incluíram dosagens de até 300 mg 3 vezes ao dia de GLUCOBAY® ), realizados nos Estados Unidos, os aumentos de transaminase sérica ocorreram em 15% dos pacientes tratados com GLUCOBAY® , em comparação com os 7% dos pacientes tratados com placebo11. As elevações da transaminase sérica parecem estar relacionadas com a dosagem do medicamento. Com doses maiores que 100 mg 3 vezes ao dia, a incidência10 de elevações na transaminase sérica acima do limite superior de normalidade foi duas a três vezes maior no grupo tratado com GLUCOBAY®  do que no grupo tratado com placebo11. Estes aumentos foram assintomáticos, reversíveis, mais comuns em pacientes do sexo feminino e, em geral, não se mostraram associados a outras evidências de disfunção hepática12. Após o lançamento de GLUCOBAY®  no mercado, a experiência internacional com mais de 500.000 pacientes registrou 19 casos de aumento das transaminases séricas > 500 UI/l (12 dos quais associados a icterícia13). Quinze destes 19 casos foram tratados com doses de 300 mg ao dia ou mais, e 13 dos 16 pacientes tinham peso inferior a 60 kg. Nos 18 casos com controle posterior, as anormalidades hepáticas14 melhoraram ou regrediram com a interrupção de GLUCOBAY® . Perda do controle da glicose3 sangüínea: Quando os pacientes diabéticos se expõem a situações de estresse, como febre15, trauma, infecção16 ou cirurgia, pode ocorrer perda temporária do controle da glicose3 no sangue4. Em tais ocasiões, talvez seja necessário, temporariamente, o tratamento com insulina17. Exames laboratoriais: A reação terapêutica18 a GLUCOBAY®  deve ser periodicamente controlada através de medida da glicemia19. Recomenda-se medir os níveis de hemoglobina glicosilada20 para verificar o controle glicêmico a longo prazo. GLUCOBAY® , especialmente em doses acima de 50 mg 3 vezes ao dia, pode provocar elevações da transaminase sérica e, em casos raros, hiperbilirrubinemia. Recomenda-se que os níveis de transaminase sérica sejam verificados a cada 3 meses durante o primeiro ano de tratamento com GLUCOBAY®  e, daí em diante, periodicamente. Se forem observadas elevações de transaminases, talvez seja indicado reduzir a dosagem ou interromper o tratamento, especialmente se as elevações persistirem. Disfunção renal21: As concentrações plasmáticas de GLUCOBAY®  em voluntários com disfunção renal21 aumentaram proporcionalmente, de acordo com os diferentes graus de disfunção renal21. Não foram realizados estudos clínicos de longa duração em pacientes diabéticos com considerável disfunção renal21 (creatinina22 sérica > 2,0 mg/dl23). Portanto não se recomenda o tratamento de GLUCOBAY®  a esses pacientes.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
2 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
3 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.
6 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
7 Frutose: Açúcar encontrado naturalmente em frutas e mel. A frutose encontrada em alimentos processados é derivada do milho. Contém quatro calorias por grama.
8 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
9 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
10 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
11 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
14 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
15 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
16 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
17 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
18 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
19 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
20 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
21 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
22 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
23 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.

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