INFORMAÇÕES TÉCNICAS APRAZ
Propriedades farmacodinâmicas - APRAZ possui como principio ativo o alprazolam,
de nome químico 8-cloro-1-metil-6-fenil-4H-s-triazolo-(4,3-alfa) (1,4) benzodiazepina, triazolo análogo da classe de 1,4-benzodiazepínicos que atuam no sistema nervoso central1. Esses fármacos, presumivelmente, exercem seus efeitos através da ligação com receptores estéreoespecíficos
em vários locais no sistema nervoso central1. O mecanismo de ação exato é
desconhecido. Clinicamente, todos os benzodiazepínicos causam um efeito depressor, relacionado com a dose, que varia de um comprometimento leve do desempenho de tarefas à hipnose.
O alprazolam, apesar da estrutura similar ao diazepam e atividade farmacológica similar ao diazepam e clorodiazepóxido, é mais potente, conforme demonstraram estudos pré-clínicos.
Ele atua, como os outros benzodiazepínicos, como relaxante muscular e anticonvulsivante e possui propriedades ansiolíticas. Diferente dos derivados benzodiazepínicos convencionais, o alprazolam apresenta também propriedades antidepressivas, que pode estar relacionada à sua
habilidade de aumentar significativamente a latência2 da fase REM.
Propriedades farmacocinéticas - Após a administração oral, o alprazolam é rapidamente absorvido. Os picos de concentração plasmática ocorrem em uma a duas horas após a administração. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses administradas; dentro do intervalo posológico de 0,5 mg a 3,0 mg, foram observados picos de 8,0 a 37 ng/mL.
Com a utilização de uma metodologia de ensaio específico, foi observado que a meia-vida de eliminação plasmática média do alprazolam é de aproximadamente 11,2 horas (variando entre 6,3 - 26,9 h) em adultos saudáveis.
Os metabólitos3 predominantes são alfa-hidroxi-alprazolam e uma benzofenona derivada do alprazolam. A atividade biológica do alfa-hidroxi-alprazolam é aproximadamente metade da atividade biológica do alprazolam. O metabólito4 benzofenona é essencialmente inativo. Os níveis plasmáticos desses metabólitos3 são extremamente baixos, o que impede a descrição precisa da farmacocinética. Entretanto, suas meias-vidas parecem ter a mesma ordem de magnitude que a do alprazolam. O alprazolam e seus metabólitos3 são excretados principalmente através da urina5.
A capacidade do alprazolam de induzir os sistemas de enzimas hepáticas6 em humanos ainda não foi determinada. Entretanto, essa não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em geral.
Além disso, o alprazolam não afetou os níveis plasmáticos de protrombina7 ou varfarina em voluntários do sexo masculino que receberam a varfarina sódica por via oral.
In vitro, a ligação do alprazolam às proteínas8 séricas humanas é de 80%.
Foram relatadas alterações na absorção, distribuição, metabolismo9 e excreção dos
benzodiazepínicos em uma variedade de doenças, incluindo alcoolismo, insuficiência hepática10 e insuficiência renal11 . Também foram demonstradas alterações em pacientes geriátricos. Em indivíduos idosos sadios, foi observado que a meia-vida média do alprazolam é de 16,3 horas (variando de 9,0 - 26,9 horas; n=16), comparado a 11,0 horas (variando de 6,6 - 15,8 horas;
n=16) em indivíduos adultos sadios. Em pacientes com doença alcoólica do fígado12, a meia-vida do alprazolam variou de 5,8 - 65,3 horas (média de 19,7 horas; n=17); quando comparado a 6,3 - 26,9 horas em indivíduos sadios (média: 11,4 horas; n=17). Em um grupo de indivíduos obesos a meia-vida do alprazolam variou entre 9,9 e 40,4 horas (média de 21,8 horas; n=12); quando comparado a indivíduos sadios, cuja variação foi de 6,3 - 15,8 horas (média de 10,6 horas, n=12).
Devido à semelhança com outros benzodiazepínicos, presume-se que o alprazolam atravesse a placenta e seja excretado pelo leite materno.