PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS APRAZ
Habituação1 e dependência emocional/física podem ocorrer com benzodiazepínicos,inclusive com APRAZ. Assim como com todos os benzodiazepínicos, o risco de
dependência aumenta com doses maiores e utilização a longo prazo e é ainda maior em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de drogas.
Durante a descontinuação do tratamento com APRAZ, a dose deve ser reduzida
lentamente, conforme prática médica adequada. É sugerido que a dose diária de APRAZ seja reduzida em não mais que 0,5 mg a cada 3 dias. Alguns pacientes podem necessitar de redução de dose ainda mais lenta.
Sintomas2 de abstinência ocorreram após diminuição rápida ou descontinuação abrupta de benzodiazepínicos, inclusive de APRAZ. Esses sintomas2 podem variar de leve disforia3 e insônia a uma síndrome4 mais importante, que pode incluir cãibras musculares e cólicas5 abdominais, vômitos6, sudorese7, tremores e convulsões. Adicionalmente, crises epilépticas ocorreram com a diminuição rápida ou descontinuação abrupta do tratamento com alprazolam.
Transtornos do pânico têm sido associados a transtornos depressivos maiores
primários e secundários e a relatos aumentados de suicídio entre pacientes não
tratados. Dessa forma, deve-se ter cautela quando doses mais altas de APRAZ forem
utilizadas no tratamento de pacientes com transtornos do pânico, a exemplo do que
ocorre no tratamento de pacientes deprimidos com fármacos psicotrópicos8 ou naqueles em que há razões para se presumir planos ou pensamentos suicidas ocultos.
A administração a pacientes suicidas ou gravemente deprimidos deve ser realizada com as devidas precauções e com a prescrição de doses apropriadas.
A utilização de alprazolam não foi estabelecida em certos tipos de depressão.
Se APRAZ for combinado com outros agentes psicotrópicos8 ou anticonvulsivantes,
deve-se considerar cuidadosamente a farmacologia9 dos agentes a serem empregados, particularmente, tratando-se de agentes que possam potencializar a ação dos benzodiazepínicos (vide "Interações Medicamentosas").
O médico deve reavaliar periodicamente a utilidade do medicamento para cada paciente.
APRAZ não deve ser empregado como substituto do tratamento adequado para psicose10 (vide "Indicações").
Os pacientes devem ser advertidos para não ingerirem simultaneamente bebidas
alcoólicas e outros fármacos depressores do sistema nervoso central11 durante o
tratamento com APRAZ (vide "Interações Medicamentosas").
Uso durante a gravidez12 e a lactação13 - Os dados relacionados à teratogenicidade e aos efeitos sobre o desenvolvimento e o comportamento pós-natais após tratamento com benzodiazepínicos são inconsistentes. Existem evidências de alguns estudos iniciais com outros membros da classe dos benzodiazepínicos em que a exposição in utero14 pode estar associada a malformações15. Estudos posteriores com fármacos da classe dos benzodiazepínicos não forneceram nenhuma evidência clara de qualquer tipo de defeito.
Há descrições de crianças expostas a benzodiazepínicos durante o fim do terceiro
trimestre de gestação ou durante o parto que apresentaram tanto a síndrome4 da criança hipotônica16 (floppy infant syndrome) quanto sintomas2 neonatais de retirada do fármaco17.
Se APRAZ for utilizado durante a gravidez12, ou se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando APRAZ, ela deve ser informada do dano potencial ao feto18.
APRAZ é um medicamento classificado na categoria de risco D de gravidez12. Portanto,
este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
As concentrações de benzodiazepínicos, inclusive de alprazolam, são baixas no leite. No entanto, não se deve amamentar durante a utilização de APRAZ.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir ou usar máquinas - Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco - A segurança e a eficácia de APRAZ em indivíduos com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.
Recomenda-se cautela ao tratar pacientes com alteração de função renal19 ou hepática20.
Os pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos. Eles
apresentam elevadas concentrações plasmáticas de alprazolam devido a redução do clearance do medicamento quando comparado à população jovem que recebeu a mesma dose. Recomenda-se que a dose seja limitada à menor dose eficaz para evitar o desenvolvimento de ataxia21 ou hipersedação que pode ser um problema particular em pacientes idosos, especialmente sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos.