ADVERTÊNCIAS MONOPLUS
Reações de Anafilaxia1 e outras Possivelmente Relacionadas
Provavelmente devido ser a enzima2 conversora da angiotensina essencial para a degradação da bradicinina3 endógena, os pacientes recebendo inibidores da ECA, incluindo o fosinopril, estão sujeitos a uma diversidade de efeitos adversos, variando de relativamente leves, como tosse (vide PRECAUÇÕES), a graves, como os seguintes:
Angioedema4 de Cabeça5 e Pescoço6: Angioedema4 envolvendo extremidades, face7, lábios, membranas mucosas8, língua9, glote10 ou laringe11 foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo o fosinopril. Se o angioedema4 envolver a língua9, a glote10 ou a laringe11, pode causar obstrução das vias aéreas e ser fatal. Terapia de emergência12, incluindo (mas não necessariamente a única) a administração subcutânea13 de solução de epinefrina 1:1.000 deve ser instituída imediatamente. Edema14 da face7, de membranas mucosas8 da boca15, de lábios e extremidades tem melhorado geralmente com a descontinuação do fosinopril; alguns casos necessitam de terapia médica.
Angioedema4 Intestinal: angioedema4 intestinal foi relatado raramente em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea16 ou vômito17); em alguns casos sem história anterior de angioedema4 facial e com níveis de esterase C-1 normais. O angioedema4 foi diagnosticado por procedimentos como ultrassonografia18 ou varredura CT abdominais, ou em cirurgia, e os sintomas19 foram resolvidos após o término da administração do inibidor da ECA. Angioedema4 intestinal deve ser incluído no diagnóstico20 diferencial de pacientes que fazem uso de inibidores da ECA e apresentam dor abdominal.
Reações Anafiláticas21 Durante Dessensibilização22: Dois pacientes sob tratamento com outro inibidor da ECA, o enalapril, submetendo-se à um tratamento de dessensibilização22 com veneno de hymenoptera, sofreram reações anafiláticas21 com risco de vida. Nestes mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas elas reapareceram quando de nova administração. Portanto, é necessário cuidado em pacientes tratados com inibidores da ECA e sob tais procedimentos de dessensibilização22.
Reações Anafiláticas21 Durante Diálise23 de Alto Fluxo/Exposição a Membranas de Aférese
Lipoprotéica: Relatam-se reações anafiláticas21 em pacientes hemodialisados com membranas de diálise23 de alto fluxo, durante a terapia com um inibidor da ECA. Reações anafiláticas21 também têm sido relatadas em pacientes sob aférese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano. Nestes pacientes, deve-se considerar a utilização de um tipo diferente de membrana de diálise23 ou uma diferente classe de medicamentos.
Neutropenia24/Agranulocitose25
Relata-se raramente que os inibidores da ECA causem agranulocitose25 e depressão da medula26; isto ocorre com maior freqüência em pacientes com insuficiência renal27, especialmente aqueles que sofrem também de doença vascular28 do colágeno29, como lúpus30 eritematoso31 sistêmico32 ou escleroderma. Monitoração da contagem de glóbulos brancos deve ser considerada em tais pacientes. Diuréticos33 tiazídicos também têm sido raramente relatados como causadores de agranulocitose25 e depressão da medula óssea34.
Hipotensão35
O fosinopril pode causar hipotensão35 sintomática36; é raro, sendo mais provável que ocorra em pacientes que são sal e/ou volume depletados, como resultado de terapia diurética prolongada, com restrição de sal, diálise23, diarréia37 ou vômito17. A depleção38 de sal e/ou volume deverá ser corrigida antes de se iniciar a terapia com MONOPLUS.
Nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva39, com ou sem insuficiência renal27 associada, a terapia com inibidor da ECA pode provocar hipotensão35 excessiva, que pode estar associada com oligúria40, azotemia e, raramente, com insuficiência renal27 aguda e morte. Em tais pacientes, a terapia com MONOPLUS deve ser iniciada sob cuidadosa supervisão médica; estes pacientes deverão ser acompanhados rigorosamente durante as primeiras duas semanas de tratamento e sempre que a dose for aumentada.
As tiazidas podem potencializar a ação de outras drogas hipertensivas (vide INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA). Além disso, os efeitos anti-hipertensivos dos diuréticos33 tiazídicos podem aumentar em pacientes que passaram por simpatectomia.
Morbidade41 e Mortalidade42 Fetal/Neonatal:
Quando usados na gravidez43, os inibidores da ECA podem causar danos ao desenvolvimento, e mesmo morte fetal. Quando a gravidez43 for detectada, MONOPLUS deve ser descontinuado o quanto antes.
O uso de inibidores da ECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez43 tem sido associado com dano fetal e neonatal, incluindo hipotensão35, hipoplasia44 de crânio45 neonatal, anúria46, insuficiência renal27 reversível ou irreversível e morte. Relata-se também óligo-hidrâmnios47, provavelmente resultante da diminuição da função renal48 do feto;49 oligo-hidrâmnios47, neste caso, tem sido associada com a contratura dos membros do feto50, deformações craniofaciais e desenvolvimento hipoplásico do pulmão51. Relatam-se também prematuridade, retardo do crescimento intra-uterino e persistência do canal arterial52.
Recentemente, prematuridade, persistência do canal arterial52, e outras malformações53 estruturais cardíacas, assim como malformações53 neurológicas foram relatadas, após a exposição limitada ao primeiro trimestre de gravidez43. Quando a gravidez43 for detectada, os médicos devem se esforçar ao máximo para descontinuar o uso de MONOPLUS o mais rapidamente possível.
Raramente (provavelmente com menor freqüência do que uma a cada 1000 gestações) não será encontrada nenhuma alternativa para o uso de inibidores da ECA. Nestes raros casos, as mães devem ser informadas sobre o potencial de risco para os fetos, e exames ultrasonográficos seriados devem ser realizados para avaliar o ambiente intra-amniótica. Se ocorrer oligo-hidrâmnios47, MONOPLUS deve ser descontinuado, a menos que a droga seja considerado fundamental para a manutenção da vida da mãe. Teste de contração durante o estresse, teste de não estresse ou perfil biofísico podem ser apropriados, dependendo da semana de gestação. Pacientes e médicos devem estar cientes de que, no entanto, a oligohidrâmnios pode não ser detectada até após o feto50 ter sofrido danos irreversíveis.
Bebês54 com histórico de exposição intra-uterina a inibidores da ECA devem ser cuidadosamente observados em relação a hipotensão35, oligúria40 e hipercalemia55. Se ocorrer oligúria40, a atenção deve ser direcionada para o suporte da pressão arterial56 e perfusão renal48. Transfusão57 ou diálise23 podem ser necessárias como maneira de reverter a hipotensão35 e/ou substituir a função renal48 alterada.
O fosinopril é escassamente dialisado da circulação58, em adultos, por hemodiálise59 e diálise peritoneal60. Não há experiências sobre procedimentos para remover o fosinopril da circulação58 neonatal.
Quando o fosinopril foi administrado em ratas prenhes em doses de aproximadamente 80 a 250 vezes (mg/kg) a dose máxima recomendada para humanos, três malformações53 orofaciais similares e um feto50 com situs inversus foram observados entre os descendentes. Em coelhas prenhes, nenhum efeito teratogênico61 do fosinopril foi observado nos estudos com doses superiores a 25 vezes (mg/kg) a dose máxima recomendada para humanos.
Insuficiência Hepática62
Em raras ocasiões, os inibidores da ECA têm sido associados com uma síndrome63 que se inicia com icterícia64 colestática e progride para necrose65 hepática66 fulminante e, algumas vezes, morte.
O mecanismo desta síndrome63 não é conhecido. Pacientes recebendo inibidores da ECA que desenvolveram icterícia64 ou elevações acentuadas das enzimas hepáticas67, devem descontinuar o tratamento com inibidores da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.