PRECAUÇÕES MONOPLUS
Gerais
Insuficiência Renal1: MONOPLUS deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência renal1 grave (clearance de creatinina2 < 30mL/min/1,73m2). Os efeitos cumulativos da hidroclorotiazida e da hidroclorotiazida associada com precipitação de azotemia podem ocorrer em pacientes com insuficiência renal1. Podem ocorrer também alterações da função renal3 em indivíduos suscetíveis, como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensinaaldosterona pelo fosinopril.
Em pacientes hipertensos com estenose4 da artéria renal5 em um ou ambos os rins6, pode ocorrer aumento de uréia7 sangüínea e de creatinina2 sérica durante o tratamento com inibidores da ECA.
Estes aumentos são geralmente reversíveis com a descontinuação da terapia. Em tais pacientes, a função renal3 deve ser monitorada durante as primeiras semanas da terapia.
Alguns pacientes hipertensos sem nenhuma doença renal3 vascular8 aparente preexistente desenvolveram aumentos da uréia7 sangüínea e creatinina2 sérica, geralmente mínimas ou transitórias, quando o fosinopril foi dado juntamente com um diurético9. Este efeito ocorre mais provavelmente em pacientes com insuficiência renal1 preexistente. A redução da dose de MONOPLUS pode ser necessária.
Insuficiência Hepática10: MONOPLUS deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática10 ou alguma doença progressiva no fígado11, uma vez que as menores alterações no equilíbrio de fluidos e eletrólitos12 podem precipitar o coma13 hepático. Pacientes com insuficiência hepática10 podem desenvolver níveis plasmáticos elevados de fosinopril. Em um estudo em pacientes com cirrose14 alcoólica ou biliar, o clearance corpóreo total aparente do fosinoprilato foi menor e a AUC15 plasmática, aproximadamente o dobro.
Desequilíbrio Eletrolítico: A determinação de eletrólitos12 no soro16, de modo a detectar possíveis desequilíbrios eletrolíticos, deve ser realizada em intervalos apropriados.
As tiazidas, incluindo a hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio de fluidos ou eletrólitos12 (hipocalemia17, hiponatremia18 e alcalose19 hipoclorêmica). Os pacientes devem ser periodicamente monitorados para sinais20 e sintomas21 clínicos de desequilíbrio de fluidos e eletrólitos12, como boca22 seca, sede, fraqueza, letargia23, sonolência, inquietação, dores musculares ou câimbras24, fadiga25 muscular, hipotensão26, oligúria27, taquicardia28, náuseas29 ou vômitos30. Embora a hipocalemia17 possa se desenvolver quando do uso de diuréticos31 tiazídicos, especialmente com diurese32 intensa ou na presença de cirrose14 grave, a terapia concomitante com o fosinopril reduz a hipocalemia17 induzida por diuréticos31. O efeito de MONOPLUS pode elevar, reduzir ou manter o nível sérico de potássio inalterado. A deficiência de cloreto é geralmente leve e comumente não requer tratamento. A excreção de cálcio é diminuída por tiazidas. Alterações patológicas na glândula33 paratireóide com hipercalcemia e hipofosfatemia têm sido observadas em alguns pacientes sob terapia prolongada com tiazidas. As complicações comuns do hiperparatiroidismo, como litíase34 renal3, reabsorção óssea e úlcera péptica35, não foram observadas. As tiazidas devem ser descontinuadas antes da realização de teste funcional da paratireóide.
As tiazidas têm mostrado aumentar a excreção urinária de magnésio, o que pode resultar em hipomagnesemia.
Distúrbios Metabólicos: Podem ocorrer hiperuricemia e precipitação de ataque agudo36 de gota37 em certos pacientes recebendo terapia com tiazidas. A necessidade de insulina38 em pacientes diabéticos pode ser alterada, e diabetes mellitus39 latente pode se manifestar durante a administração de tiazidas. Aumento dos níveis de colesterol40 e triglicérides41 tem-se associado com a terapia com diuréticos31 tiazídicos.
Tosse: Relata-se tosse com o uso de inibidores da ECA, incluindo o fosinopril.
Caracteristicamente, a tosse é não produtiva, persistente, e desaparece após a descontinuação da terapia. A tosse induzida por inibidor da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico42 diferencial da tosse.
Cirurgia/Anestesia43: Em pacientes submetidos à cirurgia ou durante anestesia43 com agentes que produzem hipotensão26, o fosinopril pode aumentar a resposta hipotensora.
Lúpus44 Eritematoso45 Sistêmico46: Diuréticos31 tiazídicos têm sido apontados como causa de exacerbação ou ativação do lúpus44 eritematoso45 sistêmico46 (vide ADVERTÊNCIAS - Neutropenia47/Agranulocitose48).
Interações com Testes Laboratoriais
O fosinopril pode acarretar em um doseamento erroneamente diminuído dos níveis séricos de digoxina em testes utilizando o método de absorção com carvão. O uso de outros kits que utilizam o método do tubo revestido com anticorpos49 permite que o método de absorção com carvão seja substituído. A terapia com MONOPLUS deve ser interrompida alguns dias antes de se efetuar o teste funcional da paratireóide.
Carcinogênese e Mutagênese
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade a longo prazo com MONOPLUS. Nenhuma evidência de efeito carcinogênico do fosinopril ou da hidroclorotiazida foi encontrada em camundongos fêmeas e ratas em estudos de curto prazo. Evidências incertas sobre a hepatocarcinogenicidade em camundongos fêmeas foram observados com a hidroclorotiazida.
Entretanto, as experiências clínicas nos últimos 30 anos não indicaram potencial carcinogênico em humanos. A combinação de fosinopril e hidroclorotiazida não tem potencial para mutagenicidade.
Gravidez50
O uso de inibidores da ECA durante a gravidez50 tem sido associado com dano fetal e neonatal, e morte. Quando a gravidez50 for detectada, MONOPLUS deve ser descontinuado o quanto antes (vide ADVERTÊNCIAS - Morbidade51 e Mortalidade52 Fetal/Neonatal).
Mães Lactantes53
O fosinopril e a hidroclorotiazida são detectáveis no leite materno. Devido ao potencial de reações adversas sérias em lactentes54 originadas de MONOPLUS, deve-se decidir entre descontinuar a amamentação55 ou descontinuar a medicação, levando em consideração a importância de MONOPLUS para a terapia materna.
Uso Geriátrico
Entre os pacientes que receberam fosinopril/hidroclorotiazida em estudos clínicos, 20% tinham de 65 a 75 anos. Não foram observadas diferenças globais de eficácia ou segurança entre estes pacientes e os mais jovens; entretanto não se pode descartar maior sensibilidade de alguns indivíduos idosos.
Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.