PRECAUÇÕES SANDIMMUN NEORAL
SANDIMMUN NEORAL deve ser prescrito somente por médicos com experiência em
terapia imunossupressora e que possam proporcionar seguimento adequado, inclusive
exame físico completo regular, medição da pressão arterial1 e controle dos parâmetros de
segurança laboratoriais. Os receptores de transplante que estão recebendo o
medicamento devem ser controlados em locais com laboratório adequado e recursos
médicos de apoio. O médico responsável pela terapia de manutenção deve receber
informação completa para o seguimento do paciente.
Quando SANDIMMUN NEORAL é usado com outros agentes imunossupressores, há risco
de imunossupressão2 excessiva, que pode levar ao aumento da suscetibilidade a infecções3 e
ao possível desenvolvimento de linfomas.
Como complicação freqüente e potencialmente séria, pode ocorrer aumento de
creatinina4 e uréia5 séricas durante as primeiras semanas de tratamento com SANDIMMUN
NEORAL. Essas alterações funcionais são dose-dependentes e reversíveis, respondendo em
geral à redução da dose. Durante o tratamento prolongado, alguns pacientes podem
desenvolver alterações estruturais nos rins6 (por exemplo, fibrose7 intersticial8) que, em
pacientes de transplante renal9, devem ser diferenciadas das alterações causadas por rejeição
crônica. SANDIMMUN NEORAL pode também causar aumentos dose-dependentes e
reversíveis da bilirrubina10 sérica e, ocasionalmente, das enzimas hepáticas11. A monitoração
cuidadosa dos parâmetros adequados para avaliar-se as funções hepática12 e renal9 é
necessária. Valores anormais podem necessitar de redução da dose.
Para monitorar os níveis de ciclosporina no sangue13 total, dá-se preferência ao uso do
anticorpo14 monoclonal específico (medida da droga original), embora se possa igualmente
usar o método HPLC que também mede a droga original. Quando se usar plasma15 ou soro16,
deve-se seguir um protocolo de separação padrão (tempo e temperatura). Para a
monitoração inicial dos pacientes de transplante hepático deve-se usar o anticorpo14
monoclonal específico ou fazer determinações paralelas, usando-se o anticorpo14 monoclonal
específico e o anticorpo14 monoclonal não específico para garantir-se uma posologia que
proporcione imunossupressão2 adequada.
Deve-se lembrar também que a concentração de ciclosporina no sangue13, plasma15 ou soro16 é
apenas um dos muitos fatores que contribuem para o estado clínico do paciente. Os
resultados, portanto, serviriam somente como orientação para a terapia, no contexto de
outros parâmetros laboratoriais e clínicos.
É necessário o controle regular da pressão arterial1 durante o tratamento com
SANDIMMUN NEORAL; no caso de desenvolvimento de hipertensão17, deve-se instituir
tratamento anti-hipertensivo adequado.
Como em algumas raras ocasiões observou-se que SANDIMMUN NEORAL induz leve
aumento reversível dos lipídios sangüíneos, aconselha-se a realização de determinações de
lipídios antes do tratamento e após o primeiro mês de terapia. Caso se observe aumento dos
lipídios, deve-se considerar redução da dose e/ou restrição de gorduras na dieta.
Pacientes sob tratamento com SANDIMMUN NEORAL devem evitar a ingestão de dietas
com alto teor de potássio e não devem ser tratados com medicamentos que
contenham potássio ou diuréticos18 poupadores de potássio.
Como ocasionalmente SANDIMMUN NEORAL causa hipercalemia19 ou pode agravar a
hipercalemia19 pré-existente, recomenda-se o controle do potássio sérico, especialmente nos
pacientes com disfunção renal9 acentuada.
É necessário cuidado ao se tratar pacientes com hiperuricemia.
Durante o tratamento com SANDIMMUN NEORAL a vacinação pode ser menos eficaz;
por isso, deve-se evitar o uso de vacinas vivas atenuadas.
SANDIMMUN NEORAL deve ser mantido fora do alcance de crianças.