PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FILGRASTIM

Atualizado em 28/05/2016


Filgrastim atua principalmente nos precursores neutrofílicos, aumentando a contagem neutrofílica.
Pacientes com número reduzido de precursores podem apresentar uma menor resposta
ao filgrastim, especialmente aqueles submetidos ao tratamento prévio intenso com
quimio ou radioterapia1.
A segurança e eficácia da administração de filgrastim em pacientes com mielodisplasia,
leucemia2 mielóide aguda ou leucemia2 mielóide crônica não foram estabelecidas. Portanto, devido
a possibilidade de crescimento tumoral, deve ser administrado com extrema cautela
em qualquer condição maligna com características mielóides.
Contagens de leucócitos3 iguais ou maiores que 100.000/mm3 foram observadas em menos
de 5% dos pacientes tratados com doses de filgrastim acima de 0,3 MU/kg/dia (3 mcg/
kg/dia). Não há reação adversa diretamente relacionada a esta condição.
No entanto, devido aos riscos associados à leucocitose4 grave, as contagens de leucócitos3
devem ser realizadas regularmente. Se após o nadir leucocitário, a contagem exceder
50.000/mm3, filgrastim deve ser imediatamente descontinuado.
Deve-se usar cautela em ajustar o tempo da administração de filgrastim em pacientes que
recebem quimioterapia5 ou radioterapia1.
Cuidado especial deve ser observado quando do tratamento com altas doses de quimioterápicos,
uma vez que uma melhor resolução tumoral não tem sido demonstrada. Altas doses
de quimioterapia5 citotóxica levam a um aumento das toxicidades cardíaca, pulmonares,
neurológicas e dermatológicas. O tratamento com filgrastim não exclui a possibilidade de
ocorrer trombocitopenia6 e anemia7 ocasionadas pela quimioterapia5 mielossupressora.
Monitorização regular da contagem plaquetária e hematócrito8 são recomendados. Cautela

especial deve ser adotada quando da administração de quimioterápicos conhecidamente
trombocitopênicos, em associação ou isoladamente.
A monitorização da densidade óssea pode ser indicada nos pacientes com doenças ósseas
osteoporóticas submetidos à terapêutica9 com filgrastim por mais de 6 meses.
Não foram realizados estudos em pacientes com alteração grave da função hepática10 e
renal11, não sendo Filgrastim (filgrastim) recomendado neste grupo de pacientes.
Deve-se levar em consideração a relação risco-benefício quando existem os seguintes
problemas médicos: doença auto-imune12, doença cardiovascular, número excessivo de células13
mielóides imaturas na medula óssea14 ou sangue15 periférico, quadros clínicos inflamatórios,
sensibilidade ao filgrastim, sensibilidade às proteínas16 derivadas da E. coli, sepses.
Gravidez17 e lactação18

Categoria : C
A segurança de filgrastim não foi estabelecida em pacientes grávidas, embora não tenha sido
observada evidência de teratogenicidade em estudos realizados em ratos e coelhos, durante
a gestação. O possível risco do uso de filgrastim para o feto19 deve ser avaliado com relação
aos benefícios terapêuticos esperados.
Não é conhecido se filgrastim é excretado no leite humano. A administração em lactantes20
não é recomendada.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS

SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.

Alteração em análises laboratoriais
Pode ocorrer aumento dose-dependente nos níveis de ácido úrico sérico, enzimas hepáticas21
e desidrogenase láctica22. As anormalidades bioquímicas retornam ao normal uma semana
após descontinuação de filgrastim, sem nenhuma seqüela clínica.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
2 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
3 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
4 Leucocitose: É o aumento no número de glóbulos brancos (leucócitos) no sangue, geralmente maior que 8.000 por mm³. Ocorre em diferentes patologias como em resposta a infecções ou processos inflamatórios. Entretanto, também pode ser o resultado de uma reação normal em certas condições como a gravidez, a menstruação e o exercício muscular.
5 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
6 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
7 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
8 Hematócrito: Exame de laboratório que expressa a concentração de glóbulos vermelhos no sangue.
9 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
10 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
11 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
12 Doença auto-imune: Desordem do sistema imune em que ele próprio ataca e destrói tecidos que acredita serem estranhos ao corpo.
13 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
14 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
15 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
16 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
17 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
18 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
19 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
20 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
21 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
22 Láctica: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; lática.

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