PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FILGRASTIM
Filgrastim atua principalmente nos precursores neutrofílicos, aumentando a contagem neutrofílica.
Pacientes com número reduzido de precursores podem apresentar uma menor resposta
ao filgrastim, especialmente aqueles submetidos ao tratamento prévio intenso com
quimio ou radioterapia1.
A segurança e eficácia da administração de filgrastim em pacientes com mielodisplasia,
leucemia2 mielóide aguda ou leucemia2 mielóide crônica não foram estabelecidas. Portanto, devido
a possibilidade de crescimento tumoral, deve ser administrado com extrema cautela
em qualquer condição maligna com características mielóides.
Contagens de leucócitos3 iguais ou maiores que 100.000/mm3 foram observadas em menos
de 5% dos pacientes tratados com doses de filgrastim acima de 0,3 MU/kg/dia (3 mcg/
kg/dia). Não há reação adversa diretamente relacionada a esta condição.
No entanto, devido aos riscos associados à leucocitose4 grave, as contagens de leucócitos3
devem ser realizadas regularmente. Se após o nadir leucocitário, a contagem exceder
50.000/mm3, filgrastim deve ser imediatamente descontinuado.
Deve-se usar cautela em ajustar o tempo da administração de filgrastim em pacientes que
recebem quimioterapia5 ou radioterapia1.
Cuidado especial deve ser observado quando do tratamento com altas doses de quimioterápicos,
uma vez que uma melhor resolução tumoral não tem sido demonstrada. Altas doses
de quimioterapia5 citotóxica levam a um aumento das toxicidades cardíaca, pulmonares,
neurológicas e dermatológicas. O tratamento com filgrastim não exclui a possibilidade de
ocorrer trombocitopenia6 e anemia7 ocasionadas pela quimioterapia5 mielossupressora.
Monitorização regular da contagem plaquetária e hematócrito8 são recomendados. Cautela
especial deve ser adotada quando da administração de quimioterápicos conhecidamente
trombocitopênicos, em associação ou isoladamente.
A monitorização da densidade óssea pode ser indicada nos pacientes com doenças ósseas
osteoporóticas submetidos à terapêutica9 com filgrastim por mais de 6 meses.
Não foram realizados estudos em pacientes com alteração grave da função hepática10 e
renal11, não sendo Filgrastim (filgrastim) recomendado neste grupo de pacientes.
Deve-se levar em consideração a relação risco-benefício quando existem os seguintes
problemas médicos: doença auto-imune12, doença cardiovascular, número excessivo de células13
mielóides imaturas na medula óssea14 ou sangue15 periférico, quadros clínicos inflamatórios,
sensibilidade ao filgrastim, sensibilidade às proteínas16 derivadas da E. coli, sepses.
Gravidez17 e lactação18
Categoria : C
A segurança de filgrastim não foi estabelecida em pacientes grávidas, embora não tenha sido
observada evidência de teratogenicidade em estudos realizados em ratos e coelhos, durante
a gestação. O possível risco do uso de filgrastim para o feto19 deve ser avaliado com relação
aos benefícios terapêuticos esperados.
Não é conhecido se filgrastim é excretado no leite humano. A administração em lactantes20
não é recomendada.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS
SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.
Alteração em análises laboratoriais
Pode ocorrer aumento dose-dependente nos níveis de ácido úrico sérico, enzimas hepáticas21
e desidrogenase láctica22. As anormalidades bioquímicas retornam ao normal uma semana
após descontinuação de filgrastim, sem nenhuma seqüela clínica.