REAÇÕES ADVERSAS CLORIDRATO DE VANCOMICINA

Atualizado em 28/05/2016

REAÇÕES RELACIONADAS COM A INFUSÃO: DURANTE OU LOGO APÓS UMA INFUSÃO RÁPIDA DE CLORIDRATO DE VANCOMICINA, OS PACIENTES PODEM DESENVOLVER REAÇÕES ANAFILÁCTÓIDES, INCLUINDO HIPOTENSÃO1, CHIADO, DISPNÉIA2, URTICÁRIA3 OU PRURIDO4. UMA INFUSÃO RÁPIDA PODE CAUSAR TAMBÉM RUBOR NA PARTE SUPERIOR DO CORPO (“PESCOÇO VERMELHO”) OU DOR E ESPASMO5 MUSCULAR NO PEITO6 E COSTAS7. ESSAS REAÇÕES GERALMENTE DESAPARECEM EM 20 MINUTOS, MAS PODEM PERSISTIR POR VÁRIAS HORAS. EM ESTUDOS EM ANIMAIS, HIPOTENSÃO1 E BRADICARDIA8 OCORREM NAQUELES QUE RECEBERAM GRANDES DOSES DE CLORIDRATO DE VANCOMICINA EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E VELOCIDADE. TAIS REAÇÕES SÃO INFREQÜENTES SE O CLORIDRATO DE VANCOMICINA FOR ADMINISTRADO POR INFUSÃO LENTA POR MAIS DE 60 MINUTOS. EM UM ESTUDO EM VOLUNTÁRIOS NORMAIS, AS REAÇÕES RELACIONADAS COM A INFUSÃO NÃO OCORRERAM QUANDO O CLORIDRATO DE VANCOMICINA FOI ADMINISTRADO EM UMA VELOCIDADE DE 10 MG/MINUTO OU MENOS.

NEFROTOXICIDADE9: RARAMENTE FORAM RELATADOS DANOS RENAIS MANIFESTADOS PRINCIPALMENTE POR AUMENTO NAS CONCENTRAÇÕES DE CREATININA10 SÉRICA OU DE NITROGÊNIO URÉICO (BUN), ESPECIALMENTE EM PACIENTES QUE RECEBERAM GRANDES DOSES DE CLORIDRATO DE VANCOMICINA. FORAM RELATADOS RAROS CASOS DE NEFRITE11 INTERSTICIAL12. A MAIORIA DESSES RELATOS OCORREU EM PACIENTES QUE RECEBERAM AMINOGLICOSÍDEOS CONCOMITANTEMENTE OU QUE TINHAM INSUFICIÊNCIA RENAL13 PREEXISTENTE. QUANDO O CLORIDRATO DE VANCOMICINA FOI INTERROMPIDO, A UREMIA14 DESAPARECEU NA MAIORIA DOS PACIENTES.

GASTRINTESTINAIS: PODE OCORRER INÍCIO DE SINTOMAS15 DE COLITE16 PSEUDOMEMBRANOSA DURANTE OU APÓS O TRATAMENTO COM CLORIDRATO DE VANCOMICINA (VIDE ADVERTÊNCIAS).

OTOTOXICIDADE17: ALGUMAS DEZENAS DE PACIENTES RELATARAM PERDA DE AUDIÇÃO RELACIONADA COM O USO DE CLORIDRATO DE VANCOMICINA. A MAIORIA DESSES PACIENTES TINHA INSUFICIÊNCIA RENAL13 OU PERDA DE AUDIÇÃO PREEXISTENTE OU ESTAVA EM TRATAMENTO CONCOMITANTE COM DROGAS OTOTÓXICAS.

VERTIGEM18, TONTURA19 E TINITUS FORAM RELATADOS RARAMENTE.

HEMATOPOIESE: VÁRIOS PACIENTES RELATARAM TER DESENVOLVIDO NEUTROPENIA20 REVERSÍVEL, GERALMENTE COMEÇANDO UMA OU MAIS SEMANAS APÓS APÓS O INÍCIO DA TERAPIA COM CLORIDRATO DE VANCOMICINA OU APÓS UMA DOSE TOTAL MAIOR QUE 25 GRAMAS. A NEUTROPENIA20 PARECE SER PRONTAMENTE REVERSÍVEL QUANDO O CLORIDRATO DE VANCOMICINA É INTERROMPIDO. A TROMBOCITOPENIA21 FOI RARAMENTE RELATADA. APESAR DE NÃO TER SIDO ESTABELECIDA UMA RELAÇÃO CAUSAL, AGRANULOCITOSE22 REVERSÍVEL (GRANULÓCITOS23 MENOR QUE 500 MM3) TEM SIDO RELATADA RARAMENTE.

FLEBITE24: FOI RELATADA INFLAMAÇÃO25 NO LOCAL DA INJEÇÃO26.

MISCELÂNEAS: INFREQUENTEMENTE, OS PACIENTES RELATARAM ANAFILAXIA27, FEBRE28 MEDICAMENTOSA, NÁUSEA29, CALAFRIOS30, EOSINOFILIA31, ERUPÇÕES CUTÂNEAS32 (INCLUINDO DERMATITE33 ESFOLIATIVA), SÍNDROME34 DE STEVES-JOHNSON, NECROSE35 EPIDERMAL TÓXICA E RAROS CASOS DE VASCULITE36. FOI RELATADA PERITONITE37 QUÍMICA APÓS ADMINISTRAÇÃO INTRAPERITONIAL DE CLORIDRATO DE VANCOMICINA (VIDE PRECAUÇÕES).


- POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO:

As reações relacionadas com a infusão estão associadas à concentração e velocidade de administração do cloridrato de vancomicina.

As concentrações de até 5 mg/mL e velocidade de até 10 mg/min são recomendadas em adultos (ver também recomendações específicas por idade). Em pacientes selecionados com restrição de líquidos, a concentração de até 10 mg/mL pode ser usada. O uso de concentrações mais altas pode aumentar o risco de reações relacionadas com a infusão. Contudo, essas reações podem ocorrer em qualquer velocidade ou concentração.

Pacientes com função renal38 normal

Adultos: a dose intravenosa usual diária é de 2 gramas dividida em 500 mg a cada 6 horas ou (1) um grama39 a cada 12 horas. Cada dose deve ser administrada em uma velocidade de até 10 mg/ min ou em um período de pelo menos 60 minutos, o que for maior. Outros fatores, tais como idade ou obesidade40, podem requerer modificação na dose usual diária.

Crianças: a dose intravenosa usual de cloridrato de vancomicina é de 10 mg/kg a cada 6 horas. Cada dose deve ser administrada por um período de pelo menos 60 minutos.

Recém-nascidos e lactentes41: a dose intravenosa total diária pode ser mais baixa. Sugere-se uma dose inicial de 15 mg/kg, seguida de 10 mg/kg a cada 12 horas na primeira semana de vida e daí em diante a cada 8 horas até um mês de idade. Cada dose deve ser administrada em pelo menos 60 minutos.

Manter uma monitoração cuidadosa das concentrações séricas de cloridrato de vancomicina.

Pacientes com insuficiência renal13 e idosos: ajustes de doses devem ser feitos em pacientes com insuficiência renal13. Nos prematuros e idosos, uma redução da dose acima do esperado pode ser necessária, devido à diminuição da função renal38.

Medidas das concentrações séricas de cloridrato de vancomicina podem ser úteis, especialmente em pacientes graves com alterações na função renal38. As concentrações séricas de cloridrato de vancomicina podem ser determinadas por ensaio microbiológico42, radioimunoensaio, imunoensaio por polarização e fluorescência e por cromatografia líquida de alta pressão.

Para a maioria dos pacientes com insuficiência renal13, o cálculo43 da dose pode ser feito usando-se a seguinte tabela, se o clearance de creatinina10 puder ser medido ou estimado com precisão. A dose do cloridrato de vancomicina diária em mg é cerca de 15 vezes o índice de filtração glomerular44 em mL /minuto.


Tabela de doses de cloridrato de vancomicina em pacientes com insuficiência renal13 (adaptado de Moellering e colaboradores):


A dose inicial não deve ser menor que 15 mg/kg, mesmo que o paciente tenha uma insuficiência renal13 leve a moderada.


A tabela não é válida para pacientes45 funcionalmente anéfricos. Para tais pacientes, uma dose de 15 mg/kg deve ser administrada para alcançar as concentrações séricas terapêuticas prontamente. A dose necessária para manter concentrações estáveis é de 1,9 mg/kg/24 horas. Desde que doses

individuais de manutenção de 250 a 1.000 mg sejam convenientes em pacientes com insuficiência renal13 grave, a dose pode ser administrada a intervalos de dias ao invés de doses diárias. Tem sido recomendado, em caso de anúria46, a dose de 1 000 mg a cada 7 ou 10 dias.

Quando se conhece somente a concentração de creatinina10 sérica, a seguinte fórmula (baseada no sexo, peso e idade do paciente) pode ser usada para calcular o clearance de creatinina10, sendo que o clearance de creatinina10, assim calculado, é somente estimado (mL/ min) e deve ser medido prontamente.


HOMENS =     ____  Peso (kg) x (140 - idade em anos)_____________

                            72 x concentração sérica de creatinina10 (mg/100mL)


MULHERES =      0,85 x o valor acima encontrado.


A creatinina10 sérica deve representar uma situação estável da função renal38 ou o valor estimulado para o clearance não será válido. Esse clearance calculado é uma superestimação do clearance renal38 nos casos de: 1) diminuição da função renal38 por choque47, insuficiência cardíaca48 grave ou oligúria49; 2) não existir relação normal entre a massa muscular e o peso total do corpo, tal como obesidade40, insuficiência hepática50, edema51 ou ascite52; 3) debilitação, desnutrição53 e inatividade.

A segurança e a eficácia da administração do cloridrato de vancomicina por via intratecal (intralombar ou intraventricular) não foram avaliadas.

O método de administração recomendado é a infusão intermitente54.


Via de administração e Instruções de Uso:

Administração por via intravenosa - o método de administração recomendado é o de infusão intravenosa intermitente54, por um período de pelo menos 60 minutos.

Preparo da solução e estabilidade – adicionar 10 mL de água estéril para injeção26 Farm. Bras. ao frasco de cloridrato de vancomicina 500 mg. Os frascos assim reconstituídos dão uma solução de 50 mg/mL. É NECESSÁRIA DILUIÇÃO POSTERIOR.

Após reconstituição, a solução pode ser armazenada sob refrigeração (entre 2°C e 8°C) por 14 dias sem perda significante da potência.

A solução contendo 500mg de cloridrato de vancomicina deve ser diluída com pelo menos 100mL de diluente. A dose desejada, diluída desta maneira, pode ser administrada por infusão intravenosa intermitente54 por um período de pelo menos 60 minutos.

Compatibilidade com soluções intravenosas – as soluções que são diluídas com soro55 glicosado a 5 % ou solução de cloreto de sódio a 0,9 % podem ser armazenadas em refrigerador por 14 dias sem perda significante de potência.

Soluções que são diluídas com os seguintes diluentes podem ser armazenadas em refrigerador por 96 horas:

  • glicose56 a 5 % e cloreto de sódio a 0,9 %, USP;

  • lactato57 de Ringer, USP;

  • lactato57 de Ringer e glicose56 a 5 %;

  • acetato de Ringer.

A solução de cloridrato de vancomicina tem pH baixo e pode provocar instabilidade química ou física quando misturada com outros compostos.

As soluções parenterais devem ser inspecionadas visualmente, verificando-se a existência de partículas ou mudança de cor da solução, antes da administração, quando o recipiente permitir.

Administração por via oral – o cloridrato de vancomicina administrado por via oral é usado no tratamento de colite16 pseudomembranosa causada por C.

difficile e enterocolite estafilocócica relacionadas aos antibióticos. O cloridrato de vancomicina por via oral não é eficaz contra outros tipos de infecções58. A dose total diária para adultos é de 500 mg a 2 g, administrada em 3 ou 4 vezes por 7 a 10 dias. A dose total diária para crianças é de 40 mg/kg, dividida em 3 ou 4 vezes por 7 a 10 dias. A dose total diária não deve exceder a 2 g. A dose total apropriada pode ser diluída em 30 mL de água e dada ao paciente para beber. Pode ser adicionado xarope comum aromatizado para melhorar o gosto. A solução pode ser administrada por tubo nasogástrico.


- SUPERDOSAGEM:

São necessários cuidados gerais de suporte com manutenção da filtração glomerular. O cloridrato de vancomicina é muito pouco removido por diálise59.

A hemofiltração e hemoperfusão com a resina polissulfônica tem resultado no aumento do clearance de cloridrato de vancomicina. A dose intravenosa letal média em ratos é de 319 mg/kg e 400mg/kg em camundongos.

Ao tratar a superdosagem, considerar a possibilidade de superdosagem de múltiplas drogas, interação entre drogas e cinética60 inusitada da droga no paciente.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
2 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
3 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
4 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
5 Espasmo: 1. Contração involuntária, não ritmada, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosa ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
6 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
7 Costas:
8 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
9 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
10 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
11 Nefrite: Termo que significa “inflamação do rim” e que agrupa doenças caracterizadas por lesões imunológicas ou infecciosas do tecido renal. Alguns exemplos são a nefrite intersticial por drogas, a glomerulonefrite pós-estreptocócica, etc. Podem manifestar-se por hipertensão arterial, hematúria e dor lombar.
12 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
13 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
14 Uremia: Doença causada pelo armazenamento de uréia no organismo devido ao mal funcionamento renal. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza e confusão mental.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
17 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
18 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
19 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
20 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
21 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
22 Agranulocitose: Doença causada pela falta ou número insuficiente de leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que se manifesta como ulcerações na garganta e outras mucosas, seguidas por infecções graves.
23 Granulócitos: Leucócitos que apresentam muitos grânulos no citoplasma. São divididos em três grupos, conforme as características (neutrofílicas, eosinofílicas e basofílicas) de coloração destes grânulos. São granulócitos maduros os NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS.
24 Flebite: Inflamação da parede interna de uma veia. Pode ser acompanhada ou não de trombose da mesma.
25 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
26 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
27 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
28 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
29 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
30 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
31 Eosinofilia: Propriedade de se corar facilmente pela eosina. Em patologia, é o aumento anormal de eosinófilos no sangue, característico de alergias e infestações por parasitas. Em patologia, é o acúmulo de eosinófilos em um tecido ou exsudato.
32 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
33 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
34 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
35 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
36 Vasculite: Inflamação da parede de um vaso sangüíneo. É produzida por doenças imunológicas e alérgicas. Seus sintomas dependem das áreas afetadas.
37 Peritonite: Inflamação do peritônio. Pode ser produzida pela entrada de bactérias através da perfuração de uma víscera (apendicite, colecistite), como complicação de uma cirurgia abdominal, por ferida penetrante no abdome ou, em algumas ocasiões, sem causa aparente. É uma doença grave que pode levar pacientes à morte.
38 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
39 Grama: 1. Designação comum a diversas ervas da família das gramíneas que formam forrações espontâneas ou que são cultivadas para criar gramados em jardins e parques ou como forrageiras, em pastagens; relva. 2. Unidade de medida de massa no sistema c.g.s., equivalente a 0,001 kg . Símbolo: g.
40 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
41 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
42 Microbiológico: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
43 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
44 Índice de filtração glomerular: Medida da habilidade dos rins de filtrar e remover excretas do organismo.
45 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
46 Anúria: Clinicamente, a anúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas.
47 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
48 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
49 Oligúria: Clinicamente, a oligúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas ou menor de 30 ml/hora.
50 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
51 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
52 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
53 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
54 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
55 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
56 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
57 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
58 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
59 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
60 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.

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