PRECAUÇÕES TRILEPTAL

Atualizado em 25/05/2016
TRILEPTAL deve ser administrado somente sob orientação médica.Durante o tratamento com TRILEPTAL, poderá ocorrer diminuição dos níveis de sódio sérico; portanto, é recomendada a determinação deles antes do início do tratamento e, posteriormente, a intervalos regulares. Monitorização rigorosa é necessária em pacientes com baixos níveis de sódio sérico e em pacientes tratados com diuréticos1.
Se durante o tratamento observar-se que a contagem de leucócitos2 ou de plaquetas3 é baixa ou diminui, o paciente e a contagem sangüínea completa devem ser estritamente monitorizados. TRILEPTAL deve ser descontinuado se ocorrer alguma evidência de depressão medular significativa.
Se ocorrerem sinais4 e sintomas5 sugestivos de reações de pele6 graves (por exemplo síndrome de Stevens-Johnson7), a administração do produto deve ser suspensa imediatamente.
Os pacientes devem ser alertados sobre sinais4 tóxicos precoces das reações acima, como por exemplo febre8,  rash9 , lesões10 bucais, equimose11 e púrpura12. Os pacientes devem ser avisados para contatar imediatamente o médico, caso ocorram tais reações.
Pacientes com disfunções cardíaca, hepática13 ou renal14 e pacientes idosos devem ser cuidadosamente monitorizados, uma vez que apresentam maior risco de reações adversas (vide também Propriedades farmacocinéticas).
A oxcarbazepina possui um potencial indutor enzimático menor do que o da carbamazepina. Se em pacientes sob politerapia, a carbamazepina ou outros anti-epilépticos com propriedades indutoras enzimáticas forem retirados e substituídos por TRILEPTAL, as concentrações séricas do antiepiléptico associado devem ser monitorizadas para se evitar possível toxicidade15; pode ser necessário reduzir-se a posologia da co-medicação antiepiléptica (vide também Interações medicamentosas).
Como com outros fármacos antiepilépticos, a descontinuação abrupta do produto deve ser evitada. A posologia deve ser reduzida gradualmente para minimizar-se o risco de se precipitar crises, isto é, exacerbação das crises ou do  status epilepticus.
Se TRILEPTAL for descontinuado abruptamente, por exemplo em função de reações adversas graves, a substituição por outro fármaco16 antiepiléptico deverá ser efetuada sob a administração de fármaco16 adequado (por exemplo, diazepam IV ou retal; fenitoína IV) e sob estrita supervisão.
Deve-se ter cuidado quando pacientes que são alérgicos à carbamazepina tiverem que substituí-la por oxcarbazepina, uma vez que tem sido relatada alergia17 cruzada em alguns pacientes. Isso provavelmente se deve à similaridade estrutural entre os dois compostos. Pelo possível efeito sedativo adicional, os pacientes tratados com TRILEPTAL devem abster-se do consumo de álcool.
A capacidade de reação do paciente pode estar prejudicada por tontura18 ou sonolência causadas por TRILEPTAL. Os pacientes devem ser especialmente cuidadosos quando dirigirem automóveis ou operarem máquinas.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
2 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
3 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
4 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
7 Síndrome de Stevens-Johnson: Forma grave, às vezes fatal, de eritema bolhoso, que acomete a pele e as mucosas oral, genital, anal e ocular. O início é geralmente abrupto, com febre, mal-estar, dores musculares e artralgia. Pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode ser desencadeado por: sulfas, analgésicos, barbitúricos, hidantoínas, penicilinas, infecções virais e bacterianas.
8 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
9 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
10 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
11 Equimose: Mancha escura ou azulada devido à infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo. A maioria aparece após um traumatismo, mas pode surgir espontaneamente em pessoas que apresentam fragilidade capilar ou alguma coagulopatia. Após um período de tempo variável, a equimose desaparece passando por diferentes gradações: violácea, acastanhada, esverdeada e amarelada.
12 Púrpura: Lesão hemorrágica de cor vinhosa, que não desaparece à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
13 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
15 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
16 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
17 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
18 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.

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