PRECAUÇÕES CISPLATINA

Atualizado em 25/05/2016

A fim de serem reduzidos os riscos de insuficiência renal1, deve-se manter uma diurese2 pelo menos igual a 3 litros nas 24 horas. Deve-se instituir, 24 horas antes da primeira administração de CISPLATINA BIOSINTÉTICA, uma hiper-hidratação, a qual deve ser mantida até o final da quimioterapia3 com a CISPLATINA. Mesmo após 24 horas do final da administração de CISPLATINA BIOSINTÉTICA, deve-se manter uma correta diurese2 do paciente. Este objetivo está diretamente dependente do volume de líquido posto para fora do organismo pelos vômitos4 freqüentes, o que justifica perfeitamente a utilização de perfusão intravenosa contínua de solução fisiológica5 (soro6 fisiológico7 ou glicofisiológico) e mesmo de manitol, assim como de emprego da furosemida se necessário.

A CISPLATINA produz nefrotoxicidade8 acumulativa, que é potencializada por antibióticos aminoglicosídeos. Devem-se realizar os seguintes exames, antes de cada tratamento ou após cada fase da quimioterapia3: creatinemia ou depuração da creatinina9; dosagem de eletrólitos10 séricos, principalmente magnésio, sódio e potássio.

Há relatos de neuropatias severas em pacientes que necessitam de altas doses ou de freqüência de doses maior que a recomendada de CISPLATINA. Essas neuropatias podem ser irreversíveis e são observadas como parestesias11, areflexia e perda de propriocepção12 e da sensação de vibração.
Tém-se notado também perda da função motora. Exames neurológicos devem ser realizados regularmente.

Têm-se observado reações do tipo anafiláticas. Essas reações têm ocorrido minutos após a administração de CISPLATINA em pacientes pré-expostos à droga e podem ser aliviadas pela administração de epinefrina, corticosteróides e anti-histamínicos.

Desde que ototoxicidade13 é acumulativa, deve-se realizar uma audiometria14 antes de cada fase da quimioterapia3 com a CISPLATINA, assim como um exame neurológico.

Contagem sangüínea periférica deve ser monitorada semanalmente. Função hepática15 deve ser monitorada periodicamente.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
2 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
4 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
5 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
6 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
7 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
8 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
9 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
10 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
11 Parestesias: São sensações cutâneas subjetivas (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
12 Propriocepção: Também denominada de cinestesia, é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Esta percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades. Ela resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.
13 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
14 Audiometria: Método utilizado para estudar a capacidade e acuidade auditivas perante diferentes freqüências sonoras.
15 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.

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