PRECAUÇÕES GERAIS VINRACINE
Antes do uso de Vinracine, os pacientes e seus pais e/ou responsáveis devem ser advertidos da possibilidade da ocorrência de sintomas1 desfavoráveis e inesperados.
Vinracine só deve ser administrado sob a supervisão de um serviço especializado em oncologia, que possua instalações adequadas para uma monitoração regular dos efeitos clínicos, bioquímicos e hematológicos, durante e após sua administração.
Administrar Vinracine apenas por via intravenosa. Não administrar por via subcutânea2, intramuscular e intratecal. A administração por esta última via pode ocasionar morte.
A nefropatia3 aguda de ácido úrico, a qual pode vir alterar a administração de agentes oncológicos, também foi relatada para o Vinracine. Na presença de leucopenia4 ou de infecção5 secundária, a administração da segunda dose de Vinracine requer cuidadosa consideração.
Se for diagnosticada leucemia6 do SNC7, agentes adicionais podem ser requisitados, já que Vinracine não parece atravessar a barreira hemato-encefálica8, em quantidades suficientes.
Atenção especial deve ser dedicada à dosagem e às reações adversas neurológicas, se Vinracine for administrado a pacientes com doença neuromuscular preexistente, e quando outras drogas com potencial neurotóxico também forem usadas.
Cuidados especiais e monitoração constantes dos pacientes e das reações adversas, durante a terapia com Vinracine, são indispensáveis. Em muitos casos, deve-se fazer a adequação de dose e Vinracine não deve ser readministrado.
Cuidados devem ser tomados para se evitar a contaminação ocular com concentrações de Vinracine usadas clinicamente. Em caso de contaminação acidental, uma irritação grave pode ocorrer se a droga entrar em contato com os olhos9 sob pressão (ex.: o esfregar dos olhos9 com as mãos10 pode ocasionar ulceração11 da córnea12). Os olhos9 devem ser lavados imediatamente e abundantemente.
Vinracine deve ser administrado cautelosamente. Devido à infecção5, ocorreram, ocasionalmente, manifestação de exacerbação e tendência à hemorragia13.
É extremamente importante que a agulha intravenosa (ou cateter) seja adequadamente posicionada antes que Vinracine seja administrado. O extravazamento de Vinracine no tecido14 circundante, durante a administração intravenosa, pode causar uma irritação considerável. Se ocorrer extravasamento, a injeção15 deve ser imediatamente interrompida, e qualquer quantidade remanescente da dose deve ser introduzida em outra veia. A injeção15 local de hialuronidase e a aplicação de calor moderado, na área afetada, ajudarão a dispersar a droga e poderão minimizar o desconforto e a possibilidade do surgimento de inflamação16.
Quando a solução e o recipiente permitirem, os produtos de administração parenteral devem ser inspecionados, visualmente, antes da administração, para verificar a presença de partículas em suspensão ou descoloração da solução. Neste caso, o produto não deve ser usado.
Nem em testes laboratoriais in vivo nem em in vitro foi demonstrado, conclusivamente, a mutagenicidade deste produto. A fertilidade, seguida ao tratamento apenas com Vinracine em doenças malignas, não foi estudada em humanos. Relatórios clínicos, para homens e mulheres, que receberam regime múltiplo para quimioterapia17, que incluiu Vinracine, indicam que podem ocorrer azoospermia18 e amenorréia19, em pacientes pós-puberais. Em alguns, mas não em todos os pacientes, ocorreu recuperação, muitos meses após o término da quimioterapia17. Quando o mesmo tratamento é administrado a pacientes pré-puberais, a ocorrência de azoospermia18 e amenorréia19 permanentes são muito menos prováveis.
Os pacientes que receberam quimioterapia17 com Vinracine em combinação com drogas antineoplásicas, conhecidas como carcinogênicas, desenvolveram malignidades secundárias. A contribuição de Vinracine neste desenvolvimento não foi ainda determinada.
Não foi encontrada nenhuma evidência de carcinogenicidade, após administração intraperitoneal de Vinracine, em ratos e camundongos, embora este estudo tenha sido limitado.
Uso na gravidez20 e lactação21:
Estudos realizados em animais, fêmeas prenhes de camundongos, hamsters e macacos, que receberam doses de Vinracine, resultaram em reabsorção de 23 a 85 dos fetos e malformações22 fetais grosseiramente evidentes. Não foram realizados estudos adequados e bem controlados com mulheres grávidas.
Vinracine pode causar dano fetal quando for administrado à gestantes.
Se Vinracine for usado durante a gravidez20 ou se a paciente ficar grávida enquanto estiver recebendo este medicamento, ela deve ser advertida do perigo em potencial para o feto23.
Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar a gravidez20.
Não se sabe se Vinracine é excretado no leite materno. Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite materno e ao potencial das reações adversas graves causadas pelo Vinracine a lactentes24, deve-se interromper a amamentação25 ou o uso da droga, levando em consideração a importância da droga para a mãe.
Uso em crianças:
Vinracine deve ser administrado em crianças seguindo, rigorosamente, a posologia indicada e com muita cautela devido, principalmente, à gravidade das reações adversas que possam ocorrer.
Uso em idosos:
Deve-se ter também muita cautela na administração de Vinracine e a monitoração constante é necessária para este grupo de pacientes, principalmente, quanto às reações adversas que possam ocorrer.