ADVERTÊNCIAS SANDOSTATIN LAR

Atualizado em 28/05/2016

Tendo em vista que tumores pituitários secretores de GH podem por vezes se expandir, causando complicações sérias (por ex., defeitos do campo visual1), é essencial que todos os pacientes sejam cuidadosamente monitorados. Se surgir evidência de expansão do tumor2, procedimentos alternativos podem ser aconselháveis.

Tem sido relatado desenvolvimento de cálculos biliares em 10% a 20% dos pacientes tratados a longo prazo com SANDOSTATIN por via subcutânea3. A exposição a longo prazo de SANDOSTATIN LAR em pacientes com acromegalia4 ou tumores endócrinos gastroenteropancreáticos sugere  que o tratamento com SANDOSTATIN LAR não aumenta a incidência5 de formação de cálculos biliares, comparado ao tratamento por via subcutânea3. Entretanto, recomenda-se exame ultrasonográfico da vesícula biliar6 antes e a intervalos de 6 meses durante a terapia com SANDOSTATIN LAR. Se de fato ocorrerem cálculos biliares, eles são geralmente assintomáticos. Cálculos sintomáticos devem ser tratados ou por terapia de dissolução com ácidos biliares ou cirurgicamente.

Em pacientes com diabetes mellitus7, SANDOSTATIN LAR pode prejudicar a secreção de insulina8. Portanto, recomenda-se a monitoração da tolerância à glicose9  e um tratamento antidiabético.

Em pacientes com insulinomas, por sua potência relativa maior na inibição da secreção do hormônio10 de crescimento e glucagon11 em comparação com a insulina8 e pela duração mais curta de sua ação inibitória sobre a insulina8, SANDOSTATIN LAR pode aumentar a intensidade e prolongar a duração da hipoglicemia12. Esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Campo visual: É toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto.
2 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
3 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
4 Acromegalia: Síndrome causada pelo aumento da secreção do hormônio de crescimento (GH e IGF-I) ,quando este aumento ocorre em idade adulta. Quando ocorre na adolescência chama-se gigantismo.
5 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
6 Vesícula Biliar: Reservatório para armazenar secreção da BILE. Através do DUCTO CÍSTICO, a vesícula libera para o DUODENO ácidos biliares em alta concentração (e de maneira controlada), que degradam os lipídeos da dieta.
7 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
8 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
11 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
12 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.

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