POSOLOGIA SANDOSTATIN LAR

Atualizado em 28/05/2016

SANDOSTATIN LAR somente poderá ser administrado através de injeção intramuscular1 na região glútea2. O local das injeções deve ser alternado entre o músculo direito e o esquerdo da região glútea2 (veja "Instruções de uso").

Acromegalia3
Para pacientes4 que são adequadamente controlados com SANDOSTATIN por via subcutânea5, recomenda-se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de SANDOSTATIN LAR com intervalos de 4 semanas durante 3 meses. O tratamento com SANDOSTATIN LAR pode ser iniciado no dia seguinte à ultima dose de SANDOSTATIN por via subcutânea5. O ajuste posológico subseqüente deve basear-se nas concentrações séricas do hormônio6 de crescimento (GH) e no fator de crescimento 1 insulina7-símile/Somatomedina C (IGF1) e nos sintomas8 clínicos.

Para pacientes4 que não apresentarem um completo controle (concentrações de GH abaixo de 2,5 mcg/L) dos sintomas8 clínicos e dos parâmetros bioquímicos (GH; IGF1) durante um período de 3 meses, a dose poderá ser aumentada para 30 mg a cada 4 semanas.

Para pacientes4 em que as concentrações de GH estiverem consistentemente abaixo de 1mcg/L, que apresentarem normalização das concentrações séricas de IGF1 e demonstrarem desaparecimento da maioria dos sinais9 e sintomas8 de acromegalia3 após 3 meses de tratamento com 20 mg, pode-se passar a administrar SANDOSTATIN LAR a cada 4 semanas. Entretanto, particularmente nesse grupo de pacientes, recomenda-se um controle adequado das concentrações séricas de GH e de IGF1 e dos sinais9 e sintomas8 nessa dose menor de SANDOSTATIN LAR a que o paciente foi submetido.

Para pacientes4 submetidos a cirurgia, radioterapia10 ou tratamento com agonistas dopaminérgicos, quando os mesmos forem inapropriados ou ineficazes ou durante o intervalo de tempo até a radioterapia10 tornar-se completamente efetiva, recomenda-se um curto período de tempo para adequação de dose de SANDOSTATIN, administrada por via subcutânea5 para a determinação da resposta e da tolerabilidade sistêmica da octreotida antes de se iniciar o tratamento com SANDOSTATIN LAR como descrito acima.  

Tumores endócrinos gastroenteropancréaticos
Para pacientes4 com sintomas8 adequadamente controlados com SANDOSTATIN por via subcutânea5, recomenda-se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de SANDOSTATIN LAR em intervalos de 4 semanas. O tratamento com SANDOSTATIN por via subcutânea5 deve ser continuado na dose efetiva previamente utilizada, por um período de 2 semanas após a primeira injeção11 de SANDOSTATIN LAR.

Para pacientes4 que não são tratados previamente com SANDOSTATIN por via subcutânea5, recomenda-se iniciar o tratamento com a administração de SANDOSTATIN por via subcutânea5 na dosagem de 0,1 mg, três vezes ao dia, por um curto período de tempo (aproximadamente 2 semanas), para determinar a resposta e a tolerabilidade sistêmica da octreotida antes de iniciar o tratamento com SANDOSTATIN LAR, como descrito acima.

Para pacientes4 que possuam os sintomas8 e os marcadores biológicos bem controlados após 3 meses de tratamento, a dose pode ser reduzida para 10 mg de SANDOSTATIN LAR a cada  4 semanas.

Para pacientes4 em que os sintomas8 estiverem parcialmente controlados após  3 meses de tratamento, a dose pode ser aumentada para 30 mg de SANDOSTATIN a cada 4 semanas.

Quando os sintomas8 associados aos tumores endócrinos gastroenteropancreáticos aumentarem durante o tratamento com SANDOSTATIN LAR, recomenda-se uma administração adicional  de SANDOSTATIN por via subcutânea5 na dose utilizada antes do tratamento com SANDOSTATIN LAR. Isto pode ocorrer principalmente nos primeiros 2 meses de tratamento até que as concentrações terapêuticas de octreotida sejam alcançadas.

Pacientes com insuficiência renal12
A insuficiência renal12 não afeta a exposição total (na área sob a curva: AUC13) para a octreotida quando a mesma é administrada subcutâneamente como SANDOSTATIN. Portanto, não é necessário o ajuste de dose para SANDOSTATIN LAR.

Pacientes com insuficiência hepática14
Em um estudo com SANDOSTATIN administrado pelas vias subcutânea5 e intravenosa, observou-se que a capacidade de eliminação pode ser reduzida em pacientes com cirrose15 hepática16, mas não em pacientes com esteatose hepática17. Pelo amplo espectro terapêutico da octreotida, não é necessário ajuste de dose para SANDOSTATIN LAR em pacientes com cirrose15 hepática16.

Pacientes idosos
De acordo com um  estudo realizado com SANDOSTATIN por via subcutânea5, não foi necessário ajuste de dose em pacientes com idade > 65 anos. Portanto, não é necessário ajuste de dose de SANDOSTATIN LAR para esse grupo de pacientes.

Uso em crianças
A experiência com SANDOSTATIN LAR em crianças é muito limitada.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
2 Região Glútea:
3 Acromegalia: Síndrome causada pelo aumento da secreção do hormônio de crescimento (GH e IGF-I) ,quando este aumento ocorre em idade adulta. Quando ocorre na adolescência chama-se gigantismo.
4 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
5 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
6 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
7 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
11 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
12 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
13 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
14 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
15 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
16 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
17 Esteatose hepática: Esteatose hepática ou “fígado gorduroso“ é o acúmulo de gorduras nas células do fígado.

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