PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS HIGROTON RESERPINA

Atualizado em 28/05/2016

Clortalidona - A biodisponibilidade de uma dose oral de clortalidona é de aproximadamente 64%, atingindo o pico de concentração sangüínea após 8 a 12 horas. Para doses de 25 a 50 mg, os valores médios de cmax são 1,5 µg/ml (4,4 µmol/ml) e 3,2 µg/ml (9,4 µmol/ml), respectivamente. Para doses de até 100 mg houve um aumento proporcional na AUC1. Em administrações diárias repetidas de 50 mg, a concentração plasmática média no steady-state é de 7,2 µg/ml ( 21,2 µmol/L), medida no final do intervalo de 24 horas entre as administrações, sendo atingida após 1 a 2 semanas.

Reserpina - A reserpina é rapidamente absorvida após a administração oral. Concentrações mensuráveis aparecem no plasma2 após 30 minutos. A biodisponibilidade é em torno de 50%.

Distribuição
Clortalidona - No sangue3, somente uma pequena fração de clortalidona está livre, em função de extensivo acúmulo nos eritrócitos4 e ligação às proteínas5 plasmáticas. Em função de um alto grau de ligações de alta afinidade à anidrase carbônica dos eritrócitos4, somente 1,4% da quantidade total de clortalidona no sangue3 total foi encontrada no plasma2 no steady-state durante o tratamento com 50 mg. In vitro, a taxa de ligação à proteína plasmática é de 76% e a principal proteína de ligação é a albumina6. A clortalidona atravessa a barreira placentária e passa para o leite. Em gestantes tratadas com doses diárias de 50 mg de clortalidona antes e após o parto, o nível de clortalidona no sangue3 total fetal é em torno de 15% daquele encontrado no sangue3 materno. As concentrações de clortalidona no líquido amniótico7 e no leite materno correspondem a aproximadamente 4% do nível plasmático da mãe.

Reserpina - O volume médio de distribuição da reserpina é de 9,1 ± 2,7 L/kg. No plasma2 humano, mais de 96% da reserpina se liga às proteínas5 plasmáticas (albumina6 e lipoproteínas).

Metabolismo8
Clortalidona - O metabolismo8 e a excreção na bile9 constituem vias de eliminação menos importantes. Dentro de 120 horas, cerca de 70% da dose é excretada na urina10 e nas fezes, principalmente na forma inalterada.

Reserpina - A reserpina é metabolizada parcialmente no intestino e parcialmente no fígado11, e os principais metabólitos12 são o metilreserpato e o ácido trimetoxibenzóico.

Eliminação
Clortalidona - A clortalidona é eliminada do sangue3 total e do plasma2 com uma meia-vida variável de 50 horas. A meia-vida de eliminação não se altera durante a administração crônica. A maior parte de uma dose de clortalidona absorvida é excretada pelos rins13, com um clearance renal14 médio de 60 ml/min.

Reserpina - A eliminação da reserpina e seus metabólitos12, após a administração oral, é bifásica, com valores de meia-vida de eliminação de 4,5 e 271 horas, respectivamente. A meia-vida de eliminação média da substância-mãe, reserpina, é de 33 horas. O clearance plasmático total médio é de 245 ml/min. Dentro das primeiras 96 horas após a administração oral, 8% da dose é excretada na urina10, principalmente na forma de metabólitos12 e 62% nas fezes, principalmente como reserpina inalterada.

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Complementos

1 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
2 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
5 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
6 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
7 Líquido amniótico: Fluido viscoso, incolor ou levemente esbranquiçado, que preenche a bolsa amniótica e envolve o embrião durante toda a gestação, protegendo-o contra infecções e choques mecânicos e térmicos.
8 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
9 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
10 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
11 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
12 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
13 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.

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