PRECAUÇÕES GERAIS TAMOOEX

Atualizado em 28/05/2016

Tamooex deve ser utilizado cuidadosamente em pacientes com leucopenia1 ou trombocitopenia2. Observações de leucopenia1 e trombocitopenia2, ocasionalmente, têm sido relatadas. Diminuições na contagem plaquetária, usualmente de 50.000 a 100.000/mm3, infreqüentemente mais baixas, têm sido ocasionalmente relatadas em pacientes que tomam Tamooex para tratamento de câncer3 de mama4.
Em pacientes com trombocitopenia2 significativa, episódios raros de hemorragia5 têm ocorrido, mas não se tem certeza se estes episódios ocorrem em virtude da terapia com Tamooex. Contagens sangüíneas completas, incluindo contagem de plaquetas6, devem ser realizadas em intervalos regulares.
Durante a farmacovigilância, elevações de T4 foram relatadas por algumas pacientes na pós-menopausa7, as quais podem ser explicadas pelos aumentos de globulina8 ligada à tireóide. Essas elevações não foram acompanhadas por hipertireoidismo9 clínico.
Variações no índice cariopcínico de esfregaços vaginais e de efeitos estrogênicos de graus variados em esfregaços de Papanicolau10 não têm freqüentemente aparecido em pacientes na pós-menopausa7, quando Tamooex foi administrado.
Na experiência de farmacovigilância com Tamooex, casos raros de hiperlipidemias têm sido relatados. Monitoração periódica do plasma11 em relação aos níveis de triglicérides12 e colesterol13 podem ser indicadas em pacientes com hiperlipidemias preexistentes.

Carcinogênese:
Um estudo convencional de carcinogênese em ratos (doses de 5, 20 e 35mg/Kg/dia por até 2 anos) revelou carcinoma14 hepatocelular em todas as doses, e a incidência15 desses tumores foi significativamente maior entre os ratos que receberam doses de 20 ou 35mg/Kg/dia (69‰) do que naqueles que receberam doses de 5mg/Kg/dia (14‰). A incidência15 naqueles que receberam doses de 5mg/Kg/dia (29,5mg/m2) foi significativamente maior do que nos controles. Além disso, dados preliminares de dois relatórios independentes, de estudos com 6 meses de duração em ratos, revelaram tumores no fígado16, que foram classificados como malignos por um desses estudos.
Alterações endócrinas, em camundongos imaturos e maduros, foram investigadas em um estudo de 13 meses de duração. Tumores ovarianos e tumores testiculares de célula17 intersticial18 foram detectadas naqueles que receberam Tamooex, mas não nos controles.

Mutagênese:
Embora nenhum potencial genotóxico tenha sido descoberto em bactéria19 convencional de exames in vitro e in vivo com sistemas de testes procariótico e eucariótico com sistemas de metabolização da droga presentes. Aumento dos níveis de DNA foram encontrados em fígados de ratos expostos ao Tamooex.
Tamooex aumenta também níveis de formato de micronúcleos in vitro em linha de células20 linfoblásticas humanas (MCL-5). Baseado nessas constatações, Tamooex é genotóxico em células20 MCL-5 de roedores e seres humanos.

Prejuízo à fertilidade:
A taxa de fertilidade de ratas diminuiu após a administração de 0,04mg/Kg por duas semanas. Houve diminuição no número de implantação e todos os fetos morreram.
Após a administração de 0,16mg/Kg em ratas do 7º ao 17º dia de prenhez, houve aumento do número de mortes fetais.
A administração em coelhas de 0,125mg/Kg, do 6º ao 18º dia de prenhez, resultou em aborto ou parição prematura. Mortes fetais ocorreram com doses altas. Não houve alterações teratogênicas nos estudo de segmento II, em ratos ou coelhos. Várias sagüis prenhes receberam doses de 10mg/Kg/dia durante a organogênese ou na última metade da gestação. Nenhuma deformação foi vista e, embora a dose fosse alta o suficiente para interromper a prenhez em alguns animais, aqueles que de fato mantiveram a prenhez, não apresentaram malformações21. Ratas que receberam 0,16mg/Kg do 17º dia de prenhez até um dia antes do desmame demonstraram aumento no número de filhotes nascidos mortos. Foi relatado que alguns filhotes nascidos destas ratas apresentaram aprendizagem mais vagarosa, sem significado estatístico em um estudo. Em outro estudo, onde a significância foi relatada, essa foi obtida pela comparação de animais recebendo a droga com controles de outro estudo.
A dose diária humana recomendada de 20 a 40mg corresponde a 0,4 a 0,8mg/Kg para uma mulher com peso médio de 50Kg.

Uso na gravidez22 e lactação23:
Tamooex pode causar dano fetal quando administrado à mulheres grávidas. As pacientes devem ser orientadas a não engravidarem enquanto estiverem tomando Tamooex, e devem usar medidas contraceptivas de barreira ou não-hormonais, se tiverem vida sexual ativa. Efeitos nas funções reprodutivas são esperados devido às propriedades antiestrogênicas da droga. Em estudos reprodutivos em ratos, com doses iguais ou abaixo das utilizadas em seres humanos, alterações não-teratogênicas no desenvolvimento esquelético foram observadas, mas eram reversíveis. Além disso, em estudos de fertilidade em ratos e em estudos de teratogênese24 em coelhos, com doses iguais ou abaixo daquelas utilizadas em seres humanos, observou-se baixa incidência15 de implantação de embriões, alta incidência15 de morte fetal ou retardo no crescimento uterino, com menor aprendizagem em alguns dos filhotes quando comparados aos controles. Várias sagüis prenhes receberam doses durante a organogênese ou na última metade da gravidez22. Nenhuma deformação foi observada e, embora a dose fosse alta o suficiente para interromper a prenhez, em alguns animais, aqueles que, de fato, mantiveram a prenhez não apresentaram evidência de malformações21.
Não há estudos adequados e bem controlados desta droga em mulheres grávidas.
Têm sido relatados abortos espontâneos, deformações fetais, mortes fetais e sangramentos vaginais.
Se Tamooex for administrado durante a gravidez22 ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento, ou mesmo após 2 meses do final da terapia com Tamooex, a paciente deve ser avisada quanto ao risco potencial para o feto25, incluindo risco a longo prazo.
Não é conhecido se Tamooex é excretado no leite materno.
Em virtude de muitas drogas serem excretadas no leite humano e considerando a potencialidade de sérias reações adversas em lactentes26 devido ao Tamooex, deve-se tomar a decisão de interromper a lactação23 ou a administração da droga, observando sua importância para a mãe.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
2 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
5 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
6 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
7 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
8 Globulina: Qualquer uma das várias proteínas globulares pouco hidrossolúveis de uma mesma família que inclui os anticorpos e as proteínas envolvidas no transporte de lipídios pelo plasma.
9 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
10 Papanicolau: Método de coloração para amostras de tecido, particularmente difundido por sua utilização na detecção precoce do câncer de colo uterino.
11 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
12 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
13 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
14 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
15 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
16 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
17 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
18 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
19 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
20 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
21 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
22 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
23 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
24 Teratogênese: Formação e desenvolvimento no útero de anomalias que levam a malformações; teratogenia.
25 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
26 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).

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