CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS LEVOID
A glândula1 tireoide2 produz triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) utilizando para tal o iodo que é obtido a partir de fontes dietéticas ou através do metabolismo3 dos hormônios de tireoide2 ou de outros componentes iodados.
Cerca de 100 mcg de iodo diários são requeridos para gerar quantidades suficientes de hormônio4 tireoidiano, sendo que a produção individual normal é de aproximadamente 90 a 100 mcg de T4 e 30 a 35 mcg de T3 diariamente.
Estima-se que cerca de 80% do T3 é derivado do metabolismo3 periférico e apenas cerca de 20% é produzido diretamente pela glândula1 tireoide2.
A função glandular e a síntese hormonal são reguladas por um sistema de feedback, de forma que, as quantidades de levotiroxina5, liberadas na circulação6 por uma glândula1 tireoide2 funcionante, são reguladas pela quantidade de hormônio4 tireoestimulante (TSH) secretada pela parte anterior da glândula1 hipófise7.
A síntese de TSH é, por sua vez regulada tanto pelos níveis de levotiroxina5 e triiodotironina circulantes como pelo hormônio4 de liberação da tireotropina (TRH), secretada pelas células8 tireotrópicas localizadas na porção anterior da glândula1 pituitária.
A secreção do TSH e do TRH é regulada por um feedback negativo a partir do hormônio4 da tireoide2, predominantemente do T3 circulante ou do T3 produzido a partir da conversão do T4.
Tanto o T4 como o T3 circulam ligados primariamente à proteínas9 carreadoras, sendo que o T4 liga-se fortemente à globulina10 ligadora de tiroxina (TBG) e fracamente à pré-albumina11 tironina-ligadora (TBPA) e albumina11 (~5%) e o T3 liga-se fortemente à TBG e fracamente à albumina11 e em menor escala, à TBPA.
A absorção da levotiroxina5 é variável, girando em torno de 48% a 80% das doses administradas. Esta variação de absorção é dependente de vários fatores, tais como: veículos utilizados em sua preparação, conteúdo intestinal12, flora intestinal e fatores dietéticos.
A levotiroxina5 apresenta uma afinidade maior de ligação que a triiodotironina, tanto na circulação6, como nas células8, o que explica o seu maior tempo de ação.
Diariamente, cerca de 70% de tiroxina (T4) metabolizada é deiodinada, sendo que após a deiodinação, cerca de 50% da tiroxina é convertida em triiodotironina (T3).
A meia-vida da levotiroxina5 (T4) no plasma13 normal é de 5,3 a 9,5 dias e em relação à excreção, cerca de 50% é feita através dos rins14 e 50% se dá pelas fezes.
O principal efeito dos hormônios tireoidianos exógenos é o aumento do índice metabólico dos tecidos, sendo também relacionados com o crescimento e diferenciação dos tecidos.
O hipotireoidismo15 é a mais comum patologia16 relacionada às deficiências hormonais, apresentando uma ampla variedade de efeitos sobre os órgãos-alvo e uma ampla variedade de efeitos sobre os órgãos-alvo e uma ampla variedade de repercussões clínicas.
O hipotireoidismo15 provoca um amplo espectro de manifestações, levando, em última análise a um estado hipometabólico caracterizado principalmente por fadiga17, letargia18, intolerância ao frio, lentidão de fala e de funções intelectuais, diminuição de reflexos, edema19 periorbital, secura e espessamento da pele20.
As crianças com tal estado de deficiência, podem ocorrer atraso de crescimento e da maturação esquelética, além de uma falha de ossificação das epífises21 e do desenvolvimento do sistema nervoso central22.
Parâmetros farmacocinéticos de LEVOID:
Média de IC (90%) dos parâmetros farmacocinéticos de LEVOID:
Ref.: Estudo de biodisponibilidade comparativa entre uma formulação contendo levotiroxina5 produzida pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos (comprimido de 150 mcg) versus formulação comercial de referência (150 mcg) em voluntários sadios. UNIFAC, 2005.