
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS TOLREST
Efeitos potenciais do uso concomitante de drogas fortemente ligadas às proteínas1 plasmáticas: devido à Sertralina se ligar fortemente às proteínas1 plasmáticas, a administração de Sertralina a um paciente tomando outras drogas que sejam fortemente ligadas às proteínas1 (por exemplo warfarina, digitoxina) pode causar uma modificação nas concentrações do plasma2, resultando potencialmente em um efeito adverso. Inversamente, os efeitos adversos podem resultar do deslocamento da proteína ligada à Sertralina por outra droga mais fortemente ligada.
Em um estudo comparando o tempo de protrombina3 AUC4 (0-120 h) após dose de warfarina de 0,75 mg/Kg, antes e depois de 21 dias de tratamento com Sertralina 50 - 200 mg/dia ou placebo5, houve um aumento médio no tempo de protrombina3 de 8% referente aos valores basais iniciais do grupo Sertralina comparados a uma diminuição de 1% com o grupo placebo5 (p < 0,02). A normalização do tempo de protrombina3 para o grupo de pacientes tratados com Sertralina foi retardada em comparação ao grupo tratado com placebo5. O significado clínico desta alteração não é conhecido. Portanto, o tempo de protrombina3 deve ser cuidadosamente monitorizado quando a terapia com Sertralina é iniciada ou interrompida.
Drogas ativas no SNC6: Em um estudo comparando a distribuição de diazepam administrado intravenosamente antes e após 21 dias de uso de Sertralina (50 a 200 mg/dia em dose escalonada) ou placebo5, houve uma diminuição de 32% relativa aos valores basais iniciais do clearance do diazepam para o grupo de pacientes usando Sertralina, comparada a uma diminuição de 19% relativa aos valores basais iniciais para o grupo de pacientes usando placebo5 (p < 0,03). Houve um aumento de 23% no Tmáx para a desmetildiazepam no grupo de pacientes tratados com Sertralina comparados com um decréscimo de 20% no grupo tratado com placebo5 (p < 0,03). O significado clínico destas alterações não é conhecido.
Em um ensaio placebo5 controlado em voluntários normais, a administração de duas doses de Sertralina não alterou significativamente a estabilidade dos níveis de lítio ou do clearance renal7 de lítio.
Todavia, é recomendado que os níveis plasmáticos de lítio sejam monitorizados após o início da terapia com Sertralina com os ajustes necessários às doses de lítio.
O risco do uso de Sertralina em combinação com outras drogas ativas no SNC6 não tem sido sistematicamente avaliado. Conseqüentemente, deve-se tomar cuidado na administração concomitante de Sertralina com tais drogas.
Drogas hipoglicemiantes8: em um estudo placebo5 controlado em voluntários normais, aadministração de Sertralina por 22 dias (incluindo 200 mg/dia para os 13 dias finais) causou uma diminuição estatisticamente significante (16%) nos valores basais iniciais do clearance de tolbutamida após uma dose intravenosa de 1000 mg. A administração de Sertralina não causou nenhuma alteração na ligação às proteínas1 plasmáticas ou no volume aparente de distribuição de tolbutamida, sugerindo que a diminuição no clearance de tolbutamida foi devido a alterações no metabolismo9 da droga. O significado clínico dessa diminuição é desconhecido.
Atenolol: Sertralina (100 mg), quando administrada a 10 indivíduos saudáveis do sexo masculino, não teve efeito na atividade beta-bloqueadora do atenolol.
Indução de enzima10 microssomal: estudos pré-clínicos têm demonstrado que Sertralina induz enzimas microssomais hepáticas11. Em estudos clínicos, Sertralina demonstrou induzir minimamente enzimas hepáticas12 devido a um pequeno (5%) mas estatisticamente significante decréscimo na meia-vida da antipirina após administração de 200 mg/dia por 21 dias. Esta pequena alteração na meia-vida da antipirina reflete uma alteração clinicamente insignificante no metabolismo9 hepático.
Terapia eletroconvulsivante: não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de terapia eletroconvulsivante e Sertralina.
Álcool: embora não tenha potencializado os efeitos psicomotores e cognitivos13 do álcool em experiências com indivíduos normais, o uso concomitante de Sertralina e álcool em pacientes com depressão não é recomendado.