ADVERTÊNCIAS MERITOR
O uso combinado de cloridrato de metformina1 e de glimepirida2 não elimina a necessidade de controle dietético hipoglicídico e/ou hipocalórico3 em todos os casos de diabetes4, assim como de controle de peso corporal e manutenção de atividade física.
Devem ser regularmente realizados os controles clínicos e bioquímicos habituais do diabetes4. Antes de iniciar o tratamento com o cloridrato de metformina1, a creatinina5 sérica deverá ser avaliada e a seguir, monitorizada regularmente:
• uma vez ao ano, em pacientes com função renal6 normal;
• duas a quatro vezes ao ano, quando a creatinina5 sérica estiver no limite máximo normal, especialmente em pessoas idosas nas quais este limite é inferior.
É necessária cautela extrema, com a redução de doses ou até mesmo a suspensão da medicação antidiabética oral se houver qualquer elevação da creatinina5 sérica acima dos níveis normais.
Se houver necessidade de realizar exames radiográficos com utilização de contrastes (urografia7 excretora, angiografia8), deve-se interromper o tratamento com cloridrato de metformina1 48 horas antes dos exames, só o reiniciando decorridas 48 horas da realização dos exames, de maneira a evitar a ocorrência de acidose9 lática10.
Em pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos que necessitem a suspensão da ingesta alimentar ou de líquidos, deverá ser suspensa temporariamente a administração de MERITOR previamente á cirurgia (ao menos 24 horas antes) e não deve ser reiniciado seu uso até que à alimentação oral tenha sido restabelecida e a função renal6 avaliada.
O cloridrato de metformina1 pode desencadear ou contribuir para o aparecimento de acidose9 lática10, complicação que, na ausência de tratamento específico, pode ser fatal. A incidência11 de acidose9 lática10 pode e deve ser reduzida através da monitorização cuidadosa dos fatores de risco que são: a insuficiência renal12 aguda, orgânica ou funcional, que desempenha papel predominante, uma vez que a falta de excreção urinária leva ao acúmulo de cloridrato de metformina1. São fatores predisponentes: o diabetes4 mal controlado, a cetose, o jejum prolongado, o alcoolismo, a insuficiência13 hepatocelular, assim como qualquer estado de hipoxemia14.
São considerados sinais15 premonitórios o aparecimento de cãibras musculares acompanhadas por alterações digestivas, dores abdominais e astenia16 intensa, em um paciente tratado com cloridrato de metformina1. Assim, esses sintomas17 devem despertar a atenção do médico.
O tratamento deve ser interrompido se houver elevação dos níveis séricos de lactato18, acompanhada de aumento de creatinina5 sérica. As amostras de sangue19 para determinação de lactato18 devem ser tiradas com o paciente em repouso, sem utilizar garrote. Analisá-las imediatamente ou, caso necessário, transportá-las sob gelo.
A acidose9 lática10 caracteriza-se por dispneia20 acidótica, dores abdominais, hipotermia21 e, a seguir, coma22. Os exames laboratoriais indicam redução no pH sanguíneo, nível sérico de lactato18 superior a 5 mmol/L23 e elevação na relação lactato18-piruvato24.
Na França, a incidência11 de acidose9 lática10 em pacientes tratados com cloridrato de metformina1 é de 1 caso para 40.000 pacientes/ano.
Todas as sulfonilureias25 são capazes de produzir severa hipoglicemia26. Deste modo, selecionar apropriadamente os pacientes e a dosagem são importantes para evitar episódios de hipoglicemia26.
Pacientes com função renal6 alterada podem ser mais sensíveis ao efeito hipoglicemiante27 da glimepirida2.
Pode ser difícil reconhecer quadros de hipoglicemia26 em pacientes idosos e naqueles que fazem uso de betabloqueadores.
A ocorrência de hipoglicemia26 é mais frequente quando a ingestão calórica é deficiente, após exercícios físicos, quando há ingestão de álcool, ou quando mais de um agente hipoglicemiante27 é usado. O uso combinado de glimepirida2 com insulina28 ou metformina1 pode aumentar o potencial para hipoglicemia26.
Quando um paciente com glicemia29 controlada é exposto a estresses tais como: febre30, trauma, infecção31 ou cirurgia, pode ocorrer alteração da glicemia29. Nestes casos, pode ser necessário acrescentar insulina28 em combinação com glimepirida2 ou mesmo o uso de monoterapia com insulina28.
A falta de efetividade de qualquer droga hipoglicemiante27, incluindo a glimepirida2 e metformina1, em diminuir a taxa de glicose sanguínea32 a níveis desejados em muitos pacientes por um período de tempo, pode ser associado a progressão da severidade do diabetes4 ou diminuição da resposta ao medicamento.
Este fenômeno é conhecido como falha secundária, e se distingui de uma falha primária, pelo fato do medicamento ser ineficaz em um paciente, quando dado pela primeira vez.
Durante as primeiras semanas do tratamento, o risco da ocorrência de hipoglicemia26 pode estar aumentado e necessita de monitorização cuidadosa.
A hipoglicemia26 pode ser quase sempre, controlada pela administração de carboidratos (glicose33 ou açúcar34). Entretanto apesar de se obter um aumento da glicemia29 com medidas de controle, pode ocorrer hipoglicemia26 novamente.
Casos graves de hipoglicemia26 requerem tratamento imediato, e em algumas circunstâncias o paciente deve ser hospitalizado.
Pode ocorrer diminuição do estado de alerta devido à hipoglicemia26 ou hiperglicemia35, principalmente no início ou após alterações no tratamento ou quando o medicamento não é tomado regularmente. Afetando, por exemplo, a habilidade em conduzir veículos ou operar máquinas.
Evite usar bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.