CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS PIOGLIT

Atualizado em 28/05/2016

Descrição

PIOGLIT pertence à classe dos medicamentos antidiabéticos orais1, agindo de forma a reduzir a resistência à insulina2. PIOGLIT é utilizado no controle do diabetes mellitus3 tipo 2, também chamado de diabetes mellitus3 não insulino-dependente ou de início na vida adulta. Através de análise de estudos farmacológicos, observou-se que o cloridrato de pioglitazona é responsável por melhorar a sensibilidade à insulina4 no músculo e tecido adiposo5 e inibir a gliconeogênese6 no fígado7. PIOGLIT é também responsável por melhorar o controle da glicemia8 concomitantemente com a diminuição da taxa de insulina4 circulante.

O fármaco9 cloridrato de pioglitazona (cloridrato de (+)-5-[[4-[2-(5-etil-2-piridinil) etoxi]fenil]metil]-2,4-tiazolidinediona) faz parte de uma classe química diferente das sulfoniluréias10, metformina11 ou dos inibidores da alfa-glicosidase, apresentando uma ação farmacológica diferente. A molécula possui um carbono assimétrico e o composto é sintetizado e empregado na forma da mistura racêmica12. A pioglitazona possui dois enantiômeros que se interconvertem in vivo. Não foram observadas diferenças na atividade farmacológica dos dois enantiômeros.

Propriedades farmacodinâmicas

PIOGLIT é um medicamento antidiabético pertencente ao grupo das tiazolidinedionas, que é dependente da presença de insulina4 para exercer seu mecanismo de ação. A pioglitazona é responsável pela redução da resistência à insulina2 periférica e hepática13, o que resulta na elevação da disponibilidade insulino-dependente de glicose14 e redução da liberação da glicose14 hepática13. A pioglitazona não provoca a secreção de insulina4 assim como fazem as sulfoniluréias10. A pioglitazona é considerada um agonista15 potente e altamente seletivo do receptor gama ativado pelo proliferador de peroxissomo (PPARγ). Em tecidos importantes para a ação da insulina4, como por exemplo o tecido adiposo5, muscular esquelético e fígado7, podem ser encontrados os receptores PPAR. Quando os receptores nucleares PPARγ são ativados, ocorre a modulação da transcrição de diversos genes responsivos à insulina4 envolvidos no controle de metabolismo16 da glicose14 e dos lipídeos.

A hiperglicemia17, hiperinsulinemia18 e hipertrigliceridemia, características da resistência insulínica em um caso de diabetes19 tipo II, foram reduzidas pela pioglitazona em modelos animais de diabetes19. Em diversos modelos animais de resistência insulínica, podem ser observados uma elevação da resposta dos tecidos dependentes de insulina4 provocada pelas alterações metabólicas causadas pela pioglitazona.

Considerando que a pioglitazona é responsável pelo aumento do efeito da insulina4 circulante (redução da resistência insulínica), ela não provoca a redução da glicose sanguínea20 em modelos animais que apresentam falta de insulina4 endógena.

Foi observado através de estudos clínicos que o cloridrato de pioglitazona é responsável por melhorar a sensibilidade insulínica em pacientes que possuem resistência insulínica. O cloridrato de pioglitazona provoca um aumento da resposta da célula21 à insulina4 e da disponibilidade da glicose14 dependente de insulina4, é responsável também por melhorar a sensibilidade do fígado7 à insulina4 e a homeostase disfuncional22 da glicose14.

O cloridrato de pioglitazona diminui a resistência insulínica em pacientes com diabetes tipo 223, provocando concentrações menores de glicose14 no sangue24, níveis de insulina4 menores no plasma25 e valores menores de hemoglobina26 A1c27 (HbA1c28).

De acordo com os dados obtidos em um estudo, os efeitos hipoglicemiantes29 de cloridrato de pioglitazona parecem permanecer por no mínimo um ano. Quando cloridrato de pioglitazona foi associado com sulfoniluréia, metformina11 ou insulina4 em estudos clínicos controlados observou-se um efeito aditivo no controle da glicemia8.

Nos estudos clínicos realizados com cloridrato de pioglitazona foram considerados pacientes que apresentavam disfunções lipídicas. Normalmente, os pacientes que recebem cloridrato de pioglitazona mostram uma redução dos níveis de triglicérides30, aumento do colesterol31-HDL32 e nenhuma modificação relevante nos níveis de colesterol31-LDL33 e total. Foi observado em um estudo controlado com placebo34, de duração de 26 semanas com doses escalonadas, que a média do índice de triglicérides30 diminuiu nos grupos em que foram administrados cloridrato de pioglitazona, 15 mg, 30 mg e 45 mg quando comparados a uma elevação média no grupo tratado com placebo34. Nos pacientes que receberam cloridrato de pioglitazona, foi observado um aumento em maior extensão nos valores médios de HDL32 quando comparado com os pacientes que receberam placebo34. Em relação ao nível de LDL33 ou colesterol31 total, não foram observadas diferenças relevantes nos pacientes que receberam cloridrato de pioglitazona quando comparado aos pacientes que receberam placebo34.

Os resultados obtidos em outros dois estudos de monoterapia (24 e 16 semanas de duração) e em estudos de terapia associada com sulfoniluréia (24 e 16 semanas de duração) e metformina11 (24 e 16 semanas de duração) foram consistentes com os resultados já obtidos anteriormente. Para os pacientes que receberam cloridrato de pioglitazona, as alterações médias placebo34-corrigidas a partir da linha basal reduziram em 5% a 26% os triglicerídeos e aumentaram de 6% a 13% o colesterol31 total. Em estudos de terapia associada de pioglitazona com sulfoniluréia ou metformina11, de 24 semanas de duração, foram observados resultados semelhantes. A alteração percentual média placebo34-corrigida a partir da linha basal para os níveis de triglicerídeos nos pacientes que receberam pioglitazona em um estudo de terapia associada com insulina4 (de 16 semanas de duração) também sofreu uma diminuição.

Nos pacientes que foram tratados com cloridrato de pioglitazona 15 mg, foi constatada uma alteração média placebo34-corrigida a partir da linha basal de 7% no nível de LDL33-colesterol31.

Resultados semelhantes aos descritos acima foram constatados para os níveis de HDL32 e colesterol31 total assim como em estudos de 24 semanas de duração de terapia associada de pioglitazona com insulina4.

Propriedade farmacocinéticas

Após uma dose diária, as concentrações de pioglitazona total (pioglitazona e metabólitos35 ativos) no sangue24 continuam altas por 24 horas. Após um período de 7 dias, as concentrações de pioglitazona e pioglitazona total no sangue24 alcançam um estado de equilíbrio. Os metabólitos35 III (M-III) e IV (M-IV) (dois dos metabólitos35 farmacologicamente ativos da pioglitazona) atingem concentrações no sangue24 iguais ou maiores do que as da pioglitazona quando estão no estado de equilíbrio. Em voluntários saudáveis assim como em pacientes que possuem diabetes tipo 223, a pioglitazona corresponde cerca de 30% a 50% do pico da concentração da pioglitazona total no sangue24 e 20% a 25% da área total sob a curva de concentração sérica versus tempo (AUC36). A concentração máxima no sangue24 (Cmax), AUC36 e a concentração mínima no sangue24 (Cmin) de pioglitazona e pioglitazona total sofrem um aumento proporcional nas doses de 15 mg e 30 mg diariamente. Com uma dose de 60 mg diariamente, ocorre um aumento proporcionalmente menor para pioglitazona e pioglitazona total.

Absorção: após a administração por via oral, em jejum, a pioglitazona é primeiramente medida no soro37 dentro de 30 minutos e apresenta um pico de concentração após 2 horas. A alimentação é responsável por atrasar ligeiramente o tempo do pico da concentração no sangue24 para 3 a 4 horas, porém a extensão da absorção não sofre alteração.

Distribuição: após a administração de uma única dose, a média do volume aparente de distribuição da pioglitazona é de 0,63 ± 0,41 l/kg de peso corpóreo (média ± desvio padrão). A pioglitazona possuiu uma alta ligação às proteínas38 do soro37 humano (>99%), principalmente à albumina39 sérica e uma afinidade não tão forte as outras proteínas38.

Os metabólitos35 M-III e M-IV também possuem uma alta ligação à albumina39 sérica (>98%).

Metabolismo16: a pioglitazona sofre uma extensa metabolização por hidroxilação e oxidação. Os metabólitos35 são convertidos parcialmente em glicuronídeos ou conjugados sulfatados. Em modelos animais que apresentam diabetes tipo 223, os metabólitos35 M-II e M-IV (hidroxiderivados da pioglitazona) e M-III (cetoderivado da pioglitazona) são farmacologicamente ativos. Após múltiplas doses, podem ser encontrados no soro37 humano os principais metabólitos35 derivados da pioglitazona M-III e M-IV, além da própria pioglitazona. Em voluntários saudáveis assim como em pacientes com diabetes tipo 223, a pioglitazona corresponde a cerca de 30% a 50% do pico total da concentração no sangue24 e 20% a 25% da AUC36 total, no estado de equilíbrio. Quando a pioglitazona é incubada com citocromo P-450 humano ou microssomas de fígado7 humano ocorre a formação de M-IV e, em um nível muito menor, de M-II. As CYP2C8 e CYP3A4 são as mais importantes isoformas do citocromo P-450 envolvidas no metabolismo16 hepático da pioglitazona, entretanto, outras isoformas, considerando principalmente a extra-hepática13 CYP1A1, também exercem sua contribuição.

O cetoconazol foi responsável por inibir até 85% do metabolismo16 da pioglitazona no fígado7 in vitro a uma concentração equimolar a da pioglitazona. Quando foi incubada com P-450 de microssomas do fígado7 humano, a pioglitazona não impediu a atividade do citocromo P-450. Foram realizados estudos in vivo da pioglitazona em associação com inibidores e substratos da P-450 (ver item Interações medicamentosas). A razão entre 6β-hidroxicortisol/cortisol em urina40 foi medida em pacientes que receberam cloridrato de pioglitazona e foi observado que a pioglitazona não é um forte indutor da enzima41 CYP3A4.

Excreção e eliminação: cerca de 15 a 30% da dose de cloridrato de pioglitazona é recuperada na urina40 após a ingestão oral. A principal forma de excreção da pioglitazona é na forma de metabólitos35 e seus conjugados, sendo a eliminação renal42 considerada irrelevante. Considera-se que grande parte da dose ingerida seja excretada na bile43, sob a forma inalterada ou de metabólitos35, e eliminada nas fezes. O tempo de meia-vida sérica média da pioglitazona é de 3 a 7 horas, enquanto o da pioglitazona total varia de 16 a 24 horas. A depuração aparente calculada da pioglitazona é de 5 a 7 l/h.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
2 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
3 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
4 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
5 Tecido Adiposo: Tecido conjuntivo especializado composto por células gordurosas (ADIPÓCITOS). É o local de armazenamento de GORDURAS, geralmente na forma de TRIGLICERÍDEOS. Em mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo, a GORDURA BRANCA e a GORDURA MARROM. Suas distribuições relativas variam em diferentes espécies sendo que a maioria do tecido adiposo compreende o do tipo branco.
6 Gliconeogênese: Formação de novo açúcar. É o caminho pelo qual é produzida a glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado (principalmente em jejum) e uma menor parte realizada no córtex renal.
7 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
8 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
9 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
10 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
11 Metformina: Medicamento para uso oral no tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia por reduzir a quantidade de glicose produzida pelo fígado e ajudando o corpo a responder melhor à insulina produzida pelo pâncreas. Pertence à classe das biguanidas.
12 Racêmica: Que não desvia o plano da luz polarizada (diz-se de isômero óptico).
13 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
14 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
15 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
16 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
17 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
18 Hiperinsulinemia: Condição em que os níveis de insulina no sangue estão mais altos que o normal. Causada pela superprodução de insulina pelo organismo. Relacionado à resistência insulínica.
19 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
20 Glicose sanguínea: Também chamada de açúcar no sangue, é o principal açúcar encontrado no sangue e a principal fonte de energia para o organismo.
21 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
22 Disfuncional: 1. Funcionamento anormal ou prejudicado. 2. Em patologia, distúrbio da função de um órgão.
23 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
24 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
25 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
26 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
27 A1C: O exame da Hemoglobina Glicada (A1C) ou Hemoglobina Glicosilada é um teste laboratorial de grande importância na avaliação do controle do diabetes. Ele mostra o comportamento da glicemia em um período anterior ao teste de 60 a 90 dias, possibilitando verificar se o controle glicêmico foi efetivo neste período. Isso ocorre porque durante os últimos 90 dias a hemoglobina vai incorporando glicose em função da concentração que existe no sangue. Caso as taxas de glicose apresentem níveis elevados no período, haverá um aumento da hemoglobina glicada. O valor de A1C mantido abaixo de 7% promove proteção contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (retinopatia, nefropatia e neuropatia).
28 HbA1C: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
29 Hipoglicemiantes: Medicamentos que contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
30 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
31 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
32 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
33 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
34 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
35 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
36 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
37 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
38 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
39 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
40 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
41 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
42 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
43 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.

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