RESULTADOS DE EFICÁCIA HUMALOG MIX25

Atualizado em 28/05/2016

Um estudo realizado durante 6 meses comparou o controle glicêmico quando os pacientes eram tratados com: (1) duas formulações de insulinas pré-misturadas contendo insulina lispro1 e uma nova formulação de insulina lispro1, a insulina2 lipro protamina (NPL), e (2) duas formulações pré-misturadas de insulina2 humana: uma de insulina2 humana na proporção de 50/50 e outra insulina2 humana na proporção de 70/30. Cem indivíduos, sendo 37 deles portadores do diabetes mellitus3 tipo 1 e 63 portadores de diabetes melito4 tipo 2, foram tratados com misturas de insulina lispro1. A insulina lispro1 Mix50 (50 % de insulina lispro1 e 50% de insulina2 NPL) e a insulina2 humana 50/50 [50% de insulina regular5 e 50% de insulina2 protamina neutra de Hagedorm (NPH)] foram administradas antes do café da manhã. Já a insulina lispro1 Mix25 (25% de insulina lispro1 e 75% de NPL) e a insulina2 humana 70/30 (30% de insulina regular5 e 70% de insulina NPH6) foram administradas antes do jantar. A glicose sanguínea7 (GS), episódios hipoglicêmicos, as doses de insulina2, o controle de doses antes das refeições e a hemoglobina8 A1c9 foram mensuradas. As doses médias das misturas de insulina lispro1 e de insulina2 humana foram inteiramente similares para os dois subgrupos de diabetes10 estudados. Porém, comparadas com as misturas de insulinas humanas, a administração da mistura de insulina lispro1 administrada 2 vezes ao dia resultou em: uma melhora do controle glicêmico pós-prandial, um controle glicêmico similar e hipoglicemia11 noturna menor; bem como a possibilidade da conveniência das aplicações de insulinas mais próximas dos horários das refeições.

Outro estudo realizado por Koivisto e equipe comparou a resposta da glicose12 após o café da manhã em 22 pacientes portadores de diabetes tipo 213 e em 10 indivíduos não portadores de diabetes10, recebendo: uma baixa mistura (LM) de insulina2 na proporção de 25% de insulina lispro1 e 75% de insulina2 NPL, uma mistura de insulina2 humana na proporção de 30% de insulina2 humana regular e 70% de insulina NPH6 ou apenas recebendo a insulina NPH6. Após a administração da insulina2 LM, a área sob a curva da glicose12 sérica foi significantemente menor do que aquela após a administração da insulina2 humana 70/30 e NPH (p=0,008 e 0,003, respectivamente). Além disso, um pequeno aumento no pico sérico da glicose12 aconteceu com a administração da insulina2 LM (4,2± 0,4 mmol/l14) do que com a insulina2 humana 70/30 (52± 0,3 mmol/l14) ou NPH (6,3± 0,2 mmol/l14). Os investigadores concluíram que a administração da insulina2 LM resulta em um melhor controle da glicose12 pós-prandial, que é mais próximo da resposta fisiológica15, que as terapias com a insulina2 humana 70/30 ou NPH.

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Complementos

1 Insulina Lispro: Insulina de ação rápida. Inicia sua ação após cinco minutos da aplicação. Tem efeito máximo em 30 minutos a uma hora após injeção, mas continua a agir por três horas após aplicação.
2 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
3 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
4 Diabetes melito: Condição caracterizada por hiperglicemia resultante da inabilidade do organismo para usar a glicose sangüínea para produzir energia. No diabetes tipo 1, o pâncreas não mais produz insulina. Assim, a glicose não pode entrar nas células para ser usada como energia. No diabetes tipo 2, o pâncreas também não produz quantidade suficiente de insulina, ou então o organismo não é capaz de usar corretamente a insulina produzida.
5 Insulina regular: Insulina de curta ação. Na média, ela inicia sua ação em 30 minutos. Tem efeito máximo em 2 a 5 horas após injeção e mantém sua ação por 5 a 8 horas após a aplicação.
6 Insulina NPH: Insulina de ação intermediária. A administração de protamina e a neutralização do pH prolongaram o tempo de ação, com a finalidade de permitir apenas uma aplicação subcutânea ao dia. Contudo, com o passar dos anos, verificou-se que apenas uma aplicação diária não era suficiente para manter um controle adequado e passou-se a utilizar duas tomadas ao dia. Tem início de ação entre 1 e 2 horas após a aplicação, efeito máximo em 4 a 12 horas mas continua sua ação após 10 horas de sua aplicação.
7 Glicose sanguínea: Também chamada de açúcar no sangue, é o principal açúcar encontrado no sangue e a principal fonte de energia para o organismo.
8 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
9 A1C: O exame da Hemoglobina Glicada (A1C) ou Hemoglobina Glicosilada é um teste laboratorial de grande importância na avaliação do controle do diabetes. Ele mostra o comportamento da glicemia em um período anterior ao teste de 60 a 90 dias, possibilitando verificar se o controle glicêmico foi efetivo neste período. Isso ocorre porque durante os últimos 90 dias a hemoglobina vai incorporando glicose em função da concentração que existe no sangue. Caso as taxas de glicose apresentem níveis elevados no período, haverá um aumento da hemoglobina glicada. O valor de A1C mantido abaixo de 7% promove proteção contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (retinopatia, nefropatia e neuropatia).
10 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
11 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
12 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
13 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
14 Mmol/L: Milimols por litro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
15 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.

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