
ADVERTÊNCIAS VERSA
Não administrar Versa (enoxaparina sódica) por via intramuscular.
Hemorragia1
Assim como outros anticoagulantes2, pode ocorrer sangramento em qualquer local (REAÇÕES ADVERSAS). Se ocorrer sangramento, a origem da hemorragia1 deve ser investigada e tratamento apropriado deve ser instituído;
Monitorização da contagem plaquetária
O risco de trombocitopenia3 induzida por heparina (reação mediada por anticorpos4) também existe com heparinas de baixo peso molecular. Pode ocorrer trombocitopenia3, geralmente entre o 5º e 21º dias após o início do tratamento com enoxaparina sódica. Recomenda-se, portanto, a realização de contagem plaquetária antes do início e regularmente durante o tratamento com enoxaparina sódica. Na prática, em caso de confirmação de diminuição significativa da contagem plaquetária (30 a 50% do valor inicial), o tratamento com enoxaparina sódica deve ser imediatamente interrompido e substituído por outra terapia.
As heparinas de baixo peso molecular (HBPM)
As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) devem ser utilizadas individualmente, pois existem diferenças básicas entre elas quanto a: processo de produção, peso molecular, atividade anti-Xa específica, unidade e dosagem. Isto ocasiona diferenças em suas atividades farmacocinética e biológica associadas, como por exemplo, a atividade antitrombina e a interação com as plaquetas5. Portanto, é necessário obedecer às instruções de uso de cada medicamento.
Anestesia6 espinhal/peridural7
Assim como com outros anticoagulantes2, foram relatados casos de hematoma8 intra-espinhal com o uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia6 espinhal/peridural7, que podem resultar em paralisia9 prolongada ou permanente. Estes eventos são raros com a administração de doses iguais ou inferiores a 40 mg/dia de enoxaparina sódica. O risco destes eventos pode ser aumentado pela administração de doses maiores de enoxaparina sódica, uso de cateter epidural10 pós-operatório ou em caso de administração concomitante de medicamentos que alteram a hemostasia11, como antiinflamatórios não esteroidais (ver item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). O risco parece também ser aumentado por traumatismo12 ou punções espinhais repetidas.
Para reduzir o risco potencial de sangramento associado ao uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia6/analgesia peridural7 ou espinhal, deve-se considerar o perfil farmacocinético
da enoxaparina sódica (ver item PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS). A introdução e remoção do cateter devem ser realizadas quando o efeito anticoagulante13 da enoxaparina sódica estiver baixo.
A introdução ou remoção do cateter deve ser postergada para 10 - 12 horas após a administração de enoxaparina sódica na profilaxia da trombose venosa profunda14, enquanto que em pacientes recebendo doses maiores de enoxaparina sódica (1 mg/kg duas vezes ao dia ou 1,5 mg/kg uma vez ao dia), a introdução ou remoção do cateter deverá ocorrer 24 horas após a administração. A dose subseqüente de enoxaparina sódica deve ser administrada no mínimo 2 horas após a remoção do cateter.
O médico deve decidir sobre a administração de anticoagulantes2 durante o uso de anestesia6 peridural7/espinhal. Deve-se empregar extrema cautela e monitorização freqüente para detectar qualquer sinal15 ou sintoma16 de lesão17 neurológica, tais como, dor na região lombar18, deficiências sensoriais e motoras (entorpecimento ou fraqueza dos membros inferiores), alterações intestinais e/ou urinárias. Os pacientes devem ser instruídos a informarem imediatamente seu médico caso apresentem qualquer sintoma16 ou sinal15 descrito acima. Em caso de suspeita de sinais19 ou sintomas20 de hematoma8 intra-espinhal, devem ser efetuados o diagnóstico21 e tratamento, incluindo descompressão22 da medula espinhal23, com urgência24.
Procedimentos de revascularização coronária percutânea
Para minimizar o risco de sangramento após a instrumentação vascular25 durante o tratamento da angina26 instável e infarto do miocárdio27 sem onda Q, a bainha de acesso vascular25 deve permanecer no local durante um período de 6 a 8 horas após a administração subcutânea28 de enoxaparina sódica. A próxima dose de enoxaparina sódica programada não deve ser administrada antes de 6 a 8 horas após a remoção da bainha. Deve-se ter atenção especial ao local do procedimento para detecção de sinais19 de sangramento ou formação de hematoma8.
A utilização de Versa (enoxaparina sódica) não afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de Versa (enoxaparina sódica) administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via intravenosa ou subcutânea28, conforme prescrição médica.
Gravidez29
Estudos em animais não demonstraram qualquer evidência de fetotoxicidade ou teratogenicidade. Em ratas prenhes, a passagem de 35S-enoxaparina sódica através da placenta é mínima. Em humanos, não existe evidência da passagem da enoxaparina sódica através da placenta durante o segundo trimestre da gravidez29. Ainda não existem informações disponíveis a este respeito durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez29. Como não foram realizados estudos adequados e bem controlados em gestantes e como os estudos realizados em animais nem sempre são bons indicativos da resposta humana, deve-se utilizar enoxaparina sódica durante a gravidez29 somente se o médico considerar como estritamente necessário.
A enoxaparina não se mostrou mutagênica em testes in vitro, incluindo o teste Ames, o teste de mutação30 de células31 de linfoma32 em ratos, o teste de aberração cromossômica linfocítica em humanos e os testes in vivo de aberração cromossômica na medula óssea33 de ratos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez29: categoria B.
Lactação34
Em ratas lactantes35, a concentração de 35S-enoxaparina sódica ou de seus metabólitos36 marcados no leite é muito baixa. Não se sabe se a enoxaparina sódica inalterada é excretada no leite humano. A absorção oral da enoxaparina sódica é improvável, porém como precaução, não se deve amamentar durante o tratamento com Versa (enoxaparina sódica).
Fertilidade
Descobriu-se que a enoxaparina não tem nenhum efeito na fertilidade ou no desempenho reprodutivo de ratos machos e fêmeas em doses subcutâneas de até 20 mg/kg/dia. Estudos de teratologia vem sendo conduzidos em ratas e coelhas prenhes em doses subcutâneas de enoxaparina de até 30 mg/kg/dia. Não houve, até agora, nenhuma evidência de efeitos teratogênicos37 ou fetotoxicidade devido à enoxaparina.
Efeito carcinogênico
Não foram realizados estudos de longa duração em animais para avaliar o potencial carcinogênico da enoxaparina.
- USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Pacientes idosos
Não foi observado aumento na tendência de hemorragia1 em idosos com doses profiláticas. Porém, pacientes idosos (especialmente pacientes ≥ 80 anos de idade) podem ter um aumento no risco de complicações hemorrágicas38 com doses terapêuticas. Portanto, aconselha-se monitorização clínica cuidadosa (ver itens POSOLOGIA e FARMACOCINÉTICA).
Pacientes idosos podem apresentar eliminação reduzida da enoxaparina sódica. (ver item POSOLOGIA).
Crianças
A segurança e eficácia da enoxaparina sódica em crianças ainda não foram estabelecidas.
Restrições a grupos de risco
A enoxaparina sódica, assim como qualquer outro anticoagulante13, deve ser utilizada com cautela em pacientes com alto risco de hemorragia1, como nos seguintes casos:
- alterações na hemostasia11;
- história de úlcera péptica39;
- acidente vascular cerebral40 isquêmico41 recente;
- hipertensão arterial42 grave não controlada por medicamentos;
- retinopatia diabética43;
- neurocirurgia ou cirurgia oftálmica recente;
- uso concomitante de medicamentos que afetem a hemostasia11 (ver item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Próteses mecânicas valvulares cardíacas
O uso de Versa (enoxaparina sódica) não foi adequadamente estudado para casos de tromboprofilaxia em pacientes com próteses valvulares cardíacas. Foram relatados casos isolados de trombose44 com próteses valvulares cardíacas em pacientes com próteses mecânicas valvulares que receberam enoxaparina para tromboprofilaxia. A avaliação destes casos é limitada devido aos fatores causais serem confusos - incluindo doenças anteriores e dados clínicos insuficientes.
Alguns destes casos foram em gestantes nas quais a trombose44 resultou em óbitos materno e fetal. Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maior risco para tromboembolismo45.
Insuficiência renal46
Em pacientes com insuficiência renal46, existe aumento da exposição à enoxaparina sódica, aumentando também o risco de hemorragia1. Como a exposição à enoxaparina sódica aumenta significativamente em pacientes com insuficiência renal46 severa (clearance de creatinina47 < 30mL/min), o ajuste posológico é recomendado para dosagens terapêuticas e profiláticas. Embora não seja recomendado ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal46 moderada (clearance de creatinina47 30-50 mL/min) e leve (clearance de creatinina47 50-80 mL/min), é aconselhável realizar monitorização clínica cuidadosa (ver itens POSOLOGIA e FARMACOCINÉTICA);
Peso baixo
Um aumento na exposição à enoxaparina sódica em doses profiláticas (não ajustadas ao peso) tem sido observado em mulheres de peso baixo (< 45 Kg) e homens de baixo peso (< 57 Kg), que pode resultar em maior risco de hemorragia1.
Portanto, é aconselhável realizar monitorização clínica cuidadosa nestes pacientes (ver item PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICA);
Trombocitopenia3 induzida pela heparina
Versa (enoxaparina sódica) deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes com história de trombocitopenia3 induzida pela heparina, com ou sem trombose44. O risco de trombocitopenia3 induzida por heparina pode persistir por vários anos. Em caso de suspeita de trombocitopenia3 induzida por heparina, os testes in vitro de agregação plaquetária têm valor preditivo limitado. A decisão do uso de enoxaparina sódica em tais casos deve ser tomada somente por um especialista;
Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas
Não foram realizados estudos adequados para avaliar a utilização de Versa (enoxaparina sódica) na tromboprofilaxia em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas.
Em um estudo clínico em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas, administrou-se enoxaparina (1 mg/Kg duas vezes ao dia) para redução do risco de tromboembolismo45, 2 de 8 gestantes desenvolveram coágulos resultando em bloqueio da válvula, resultando em óbitos
materno e fetal. Houve relatos isolados de farmacovigilância de trombose44 em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas enquanto eram medicadas com enoxaparina para tromboprofilaxia. Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maiores risco de tromboembolismo45.