ESTUDOS CLÍNICOS VISUDYNE
Nos estudos de toxicidade1 aguda realizados em cobaias e cães, a Verteporfina foi
administrada por via intravenosa seguida de irradiação da epiderme2 dos membros
traseiros com luz para ativação da Verteporfina. A Verteporfina só provocou lesões3
locais profundas nos tecidos após ativação pela luz. Nestes estudos não se verificou
toxicidade1 sistêmica significativa relacionada com a Verteporfina.
Nos estudos de dose repetida (1 dose por dia) realizados em cobaias durante 4 semanas,
sem ativação pela radiação, registou-se a ocorrencia de hemólise4 extravascular5
moderada e resposta hematopoiética ao nível da medula óssea6, do baço7 e do figado8, com
doses de 25 ou 50 mg/kg/dia. Não se registraram efeitos relacionados com o tratamento
para as doses de 2 ou 10 mg/kg/dia, o que representa uma exposição (AUC9) cerca de 92
vezes superior à recomendada para humanos. Em estudo de dose repetida com a
duração de 2 semanas, realizado em cães, registraram-se alterações microscópicas
associadas com o fármaco10 em estudo, e relacionadas com uma diminuição dos
parâmetros eritrocitários11, no fígado8, no baço7 e na medula óssea6, para doses de 10
mg/kg/dia. Não foi observado nenhum efeito relacionado com o tratamento para a dose
de 5 mg/kg/dia, uma exposição (AUC9) cerca de 32 vezes superior à dose recomendada
para os humanos.
A administração rápida de 2,0 mg/kg de Verteporfina, a uma taxa de 7 mL/minuto (50
vezes superior à dose recomendada para seres humanos) a pequenos suínos
anestesiados, provocou alterações hemodinâmicas e, em alguns casos, morte súbita, nos
2 minutos após administração do fármaco10. O pré-tratamento com difenidramina
diminuiu estes efeitos, o que sugere que a histamina12 possa ter um papel ativo neste
processo. Os animais não anestesiados não foram afetados por estes parâmetros de
dosagem. Em cães anestesiados e conscientes, que receberam 20 mg/kg de Verteporfina
administrada a uma taxa de infusão de 5 mL/minuto, não foram registradas alterações
de pressão arterial13 média, ritmo cardíaco, insuficiência cardíaca14, atividade
eletrocardiográfica ou no exame patológico grosseiro que foi realizado.
A compatibilidade da Verteporfina com o sangue15 humano foi avaliada. Não foram
registados sinais16 de hemólise4 ou de floculação proteica na presença de concentrações
167 vezes superiores à recomendada para os humanos.