ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES XARELTO
Pacientes com próteses valvulares
A segurança e eficácia de Xarelto® (rivaroxabana) não foram estudadas em pacientes com próteses de válvulas cardíacas; portanto, não há dados para suportar que Xarelto® (rivaroxabana) 20 mg (15 mg em pacientes com insuficiência renal1 moderada ou grave) forneça anticoagulação adequada nesta população de pacientes.
Medicação concomitante
Xarelto® (rivaroxabana) não é recomendado em pacientes recebendo tratamento sistêmico2 concomitante com antimicóticos azólicos (por exemplo, cetoconazol) ou inibidores das proteases do HIV3 (por exemplo, ritonavir). Estes fármacos são potentes inibidores de CYP 3A4 e de gp-P. Portanto, estes fármacos podem aumentar as concentrações plasmáticas da rivaroxabana até um grau clinicamente relevante (2,6 vezes em média), o que pode levar ao aumento do risco de sangramentos (ver Interações Medicamentosas).
Entretanto, o antimicótico azólico fluconazol, um inibidor moderado do CYP3A4, tem menor efeito na exposição à rivaroxabana e pode ser co-administrado (ver Interações Medicamentosas).
Tratamento de TVP e EP: Insuficiência renal1
Xarelto® (rivaroxabana) deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência renal1 que estejam recebendo co-medicações que levem ao aumento da concentração de rivaroxabana no plasma4 (ver Interações Medicamentosas).
Prevenção de acidente vascular cerebral5 e embolia6 sistêmica em pacientes com fibrilação atrial não-valvular, TVP e EP: Insuficiência renal1
Em pacientes com insuficiência renal1 grave (ClCr < 30 mL/min), os níveis plasmáticos de rivaroxabana podem elevar-se significativamente (1,6 vezes na média), o que pode levar a um aumento do risco de sangramento. Em razão da doença de base, estes pacientes têm um aumento do risco de sangramento e de trombose7.
Em virtude dos dados clínicos limitados, Xarelto® (rivaroxabana) deve ser utilizado com cautela nos pacientes com ClCr < 30 - 15 mL/min (ver Propriedades Farmacocinéticas).
Não há dados clínicos disponíveis para pacientes8 com insuficiência renal1 grave (ClCr < 15 mL/min). Portanto o uso de Xarelto® (rivaroxabana) não é recomendado nestes pacientes (ver Posologia e Modo de Usar e Propriedades Farmacocinéticas).
Após o início do tratamento, os pacientes com insuficiência renal1 grave ou risco aumentado de sangramentos e aqueles que recebem tratamento sistêmico2 concomitante com antimicóticos azólicos ou inibidores das proteases do HIV3 devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais9 de complicações hemorrágicas10 (ver Interações Medicamentosas).
Risco de sangramento
Xarelto® (rivaroxabana), como outros antitrombóticos, deve ser utilizado com cautela em pacientes com risco aumentado de sangramento, tais como:
- distúrbios hemorrágicos11 adquiridos ou congênitos12;
- hipertensão arterial13 grave não controlada;
- doença gastrintestinal ulcerativa ativa;
- ulcerações14 gastrintestinais recentes;
- retinopatia vascular15;
- hemorragia16 intracraniana ou intracerebral recente;
- anormalidades vasculares17 intraespinais ou intracerebrais;
- cirurgia cerebral, espinal ou oftalmológica recente;
- bronquiectasia18 ou história de sangramento pulmonar.
Deve-se ter cuidado se os pacientes forem tratados concomitantemente com fármacos que interferem na hemostasia19, como os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), ácido acetilsalicílico, os inibidores da agregação plaquetária ou outros antitrombóticos.
Pode-se considerar tratamento profilático apropriado para pacientes8 com risco de doença ulcerativa gastrintestinal (ver Interações Medicamentosas).
Qualquer queda de hemoglobina20 ou da pressão arterial21 sem explicação deve levar à investigação de um local com sangramento.
Cirurgia e intervenções
Se um procedimento invasivo ou uma intervenção cirúrgica forem necessários, Xarelto® (rivaroxabana) deve ser interrompido pelo menos 24 horas antes da intervenção, se possível, e com base no julgamento clínico do médico.
Se o procedimento não puder ser adiado, o aumento do risco de sangramento deve ser avaliado em relação à urgência22 de tal intervenção.
A administração de Xarelto® (rivaroxabana) deve ser reiniciada após o procedimento invasivo ou a intervenção cirúrgica, o mais rapidamente possível, desde que a situação clínica do paciente permita e a sua hemostasia19 adequada tenha sido estabelecida (ver "Propriedades Farmacocinéticas ").
Prolongamento do QTc
Não foi observado efeito de prolongamento do QTc com o uso de Xarelto® (rivaroxabana) (ver Propriedades Farmacocinéticas).
Informação sobre os excipientes
Como este medicamento contém lactose23, os pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à lactose23 ou à galactose24 (por exemplo, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose25-galactose24) não devem tomar Xarelto® (rivaroxabana) (ver Composição).
Tratamento de TVP e EP: pacientes com embolia6 pulmonar hemodinamicamente instáveis ou pacientes que necessitam de trombólise26 ou embolectomia pulmonar
Xarelto® (rivaroxabana) não é recomendado como uma alternativa à heparina não fracionada em pacientes com embolia6 pulmonar que estão hemodinamicamente instáveis ou que podem receber trombólise26 ou embolectomia pulmonar, uma vez que a segurança e eficácia de Xarelto® (rivaroxabana) não foram estabelecidas nestas situações clínicas.
Gravidez27 e lactação28